Luanda -O Sindicato dos Professores do Ensino Superior (SINPES) manifestou, esta quinta-feira, em Luanda, a disponibilidade de continuar o diálogo com o Executivo, no intuito de se pôr fim a greve no ensino superior público.
Os professores do ensino superior iniciaram, esta segunda-feira, em todo o país, uma greve por tempo indeterminado como consequência da não resolução dos quatro principais pontos constantes no caderno reivindicativo entregue ao Executivo, nomeadamente salário digno, formação contínua, fundo de investigação científica e seguro de saúde.
Segundo o secretário-geral do SINPES, Alberto Peres, que falava à ANGOP, o rubricar das actas com os resultados alcançados nas reuniões anteriores entre o Governo e o sindicato demonstra a vontade de que as partes têm interesse na busca de soluções para os problemas que afectam o ensino superior.
Para Alberto Peres, a ronda negocial agendada para a primeira quinzena de Fevereiro é uma prova de que o SINPES subscreve, sobretudo, a melhoria da qualidade do ensino superior em Angola
Exortou o Governo, enquanto parceiro do sindicato, a dignificação da classe docente e não só, factor essencial para se colocar o ensino superior angolano na competição internacional, por ser a chave de ouro para uma nação que almeja o desenvolvimento e a produção da ciência.
Em relação a greve, o responsável afirmou que compete a assembleia-geral decidir se haverá continuidade, interpolação ou o levantamento. Para o efeito, adiantou estar agenda a assembleia para a próxima quarta-feira.
Por seu turno, o secretário de Estado para o Ensino Superior, Eugénio Silva, disse que o esforço feito tem por objectivo convergir os pontos, para que os professores se sintam dignificados e devidamente compensados.
De acordo com Eugénio Silva, o esforço do Executivo e do sindicato representa o interesse na melhoria das condições de trabalho, sociais e salariais dos docentes universitários.