Huambo – Pelo menos 260 mil crianças em idade escolar ficaram de fora do sistema de ensino/aprendizagem ano lectivo 2023/2024, na província do Huambo, como resultado da carência de professores e sala de aula, soube a ANGOP.
A informação foi tornada pública, esta quinta-feira, pelo director do gabinete local da Educação, Mário Rodrigues, que falava sobre os resultados do ano lectivo 2023/2024.
Na ocasião, disse que o sector tem o controlo de 10 mil 121 salas de aula, com a capacidade de albergar 842 mil 734 alunos em vários subsistemas de ensino, distribuídas em 840 escolas do ensino primário ao II ciclo, incluindo em magistérios primários, institutos politécnicos e o sector privado.
Disse que durante o ano lectivo transacto foram matriculados 916 mil 500 alunos, dos quais 70 por cento do ensino primário, onde o sector controla apenas duas mil 188 salas de aulas de construção definitivas e mil 47 improvisadas.
Referiu que o Ministério da Educação recomenda 35 alunos por cada turma, mas para não deixar que muitas crianças fiquem fora do sistema normal de ensino, há excessos, com turmas compostas por 100 discentes, o que exige esforços redobrados de criatividade, por parte do professor.
Sem precisar a cifra de professores e salas necessárias no próximo ano lectivo (2024/2025), Mário Rodrigues informou que o sector foi reforçado com 707 novos professores, sendo 612 para o ensino primário e 95 para o II ciclo, que se juntaram 18 mil 299 docentes controlados nos 11 municípios da província do Huambo.
O responsável disse estar em curso vários projectos que visam dinamizar o processo de ensino/aprendizagem a nível da província, principalmente, de apetrecho de escolas com meios necessários.
Lembrou que no âmbito do Plano Nacional de Distribuição de Carteiras, gizado pelo Ministério da Educação, no ano lectivo 2023/2024, a província beneficiou de 28 mil e 99 carteiras, das 109 mil 366 previstas, distribuídas nas escolas com mais necessidades. JSV/ALH