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Empresários suplicam por perdão fiscal para evitar falência na Huíla

     Economia              
  • Huíla • Terça, 12 Novembro de 2024 | 20h35
AGT fiscaliza comércio no Chipindo
AGT fiscaliza comércio no Chipindo
Morais Silva - ANGOP

Lubango - A Associação Agropecuária Comercial e Industrial (AAPCIL) suplica por um perdão fiscal, para evitar o encerramento de 90 por cento de empresas com dívidas na Administração Geral Tributária (AGT) e que estão perto de decretar falência, dada elevada carga fiscal.

Segundo o seu presidente, Paulo Gaspar, que falava num encontro promovido pelo Governo da Huíla, entre a classe empresarial e a AGT, o afirmou  que os “elevados” juros aplicados pela AGT estão a colocar  as empresas em situação de carência económica.

Destacou que o encerramento dessas empresas pode  condicionar  a realização de várias acções viradas ao crescimento económico da província e da região, daí a importância de um perdão fiscal.

“Muitos de nós não temos  mesmo como pagar, porque são dívidas de 2012, 2013, 2014 e 2015, em que a situação económica era outra, mas hoje asseguro que 99 por cento dos empresários da Huíla, Namibe e Cunene, estão tecnicamente falidos e nãi têm condições para liquidar essas multas”, lamentou. 

Segundo o responsável, ainda há muito problemas de interpretação entre a classe empresarial com seus advogados  e  os técnicos da AGT, cada um à sua maneira.

Por sua vez, o delegado da quinta Região Tributária, Milton Costa, fez saber que  a AGT não está alheia à situação dos contribuintes nessa região e apesar de existir o registo de vários com situação irregular, não partiu directamente para um  processo de penhoras em  massa.

Explicou que antes disso, a AGT procurou falar  com os governadores da Huíla e do Namibe, dando nota da situação vigente, de modos a não levar estagnação da economia das duas  províncias, promovendo negociação em massa e muitos aderiram.

Entretanto, o governador provincial da  Huíla, Nuno Mahapi  considerou o sector empresarial vital para o desenvolvimento da região   e defendeu harmonia entre as partes, a fim de dinamizar o sector económico da província.

“Como sabem a Huíla tem  um dos parques empresariais mais antigo do país, mas que passa por vários desafios e que são discutidos na sua  generalidade  em vários aspectos  e o pagamento  dessa dívida é um deles”, frisou.

Nuno Mahapi desafiou a AGT e os empresários a partilhar ideias e conversar, para que se encontre uma solução que não prejudique a economia. BP/MS





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