Lucala - O Governo do Cuanza-Norte poderá rescindir, ainda este ano, o contrato para a exploração do aviário do município de Lucala.
O aviário do Lucala, que se encontra abandonado e em estado de degradação, foi adjudicado a empresários angolanos desde 2020.
Em declarações à imprensa, sexta-feira, depois da visita à infraestrutura, o governador do Cuanza- Norte deu um ultimato até segunda-feira para os empresários justificarem os motivos do subaproveitamento do projecto.
Frisou que em caso de se constatar incapacidade por parte dos mesmos, o empreendimento será passado a outro investidor já identificado e pronto a dar maior utilidade às infra-estruturas.
Além do abandono, os empresários não cumprem os termos contratuais, sobretudo, a não realização das benfeitorias ao empreendimento e falta de pagamento das rendas periódicas ao Estado, por mais de quatro anos.
O governador augura que os investidores respondam positivamente às necessidades da província de produção alimentar, fomento do emprego e desenvolvimento da economia local.
Para o responsável, é bastante reprovável o acto de abandono do empreendimento, uma atitude que deixa cair o investimento do Estado, em prol do reforço da cadeia alimentar da população, redução das importações e desenvolvimento da economia nacional.
Por seu turno, o director provincial do Gabinete Económico Integrado do Cuanza-Norte, Humberto Mesquita, esclareceu que o empreendimento consta de um universo de 26 aviários, dotados de 20 naves cada, implementados em 2012, no quadro de um investimento do Governo com o financiamento da Coreia do Sul, orçado em 68 milhões de dólares.
Esclareceu que o projecto, previa a produção de ovos, frango de abate, fábrica de ração e matadouro com capacidade de produzir 30 toneladas de carne de frango/dia.
Informou que fruto da crise financeira mundial, associada ao fenómeno da Covid-19, o projecto registou algumas dificuldades e posterior paralisação.
Na tentativa de inverter o quadro, o Governo do Cuanza Norte concedeu o direito de exploração a alguns empresários nacionais que têm se revelado incapazes de dar seguimento ao mesmo.
Esta situação, frisou, deverá obrigar as autoridades locais a adoptar medidas que assegurem o aproveitamento útil do projecto.
Humberto Mesquita deu conta que dos 26 complexos aviários , apenas um está em funcionamento e outro em via de recuperação, pela Caixa Social das Forças Armadas. LJ/IMA/ART