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Governo poderá rescindir contrato de exploração de aviários no Lucala  

     Economia              
  • Cuanza Norte • Sábado, 06 Julho de 2024 | 13h18
Aviário localizado na localidade do Giraul de Baixo, municipio de Moçâmedes/Namibe
Aviário localizado na localidade do Giraul de Baixo, municipio de Moçâmedes/Namibe
Anabela Fritz

Lucala - O Governo do Cuanza-Norte poderá rescindir, ainda este ano, o contrato para a exploração do aviário do município de Lucala.

O aviário do Lucala, que se encontra abandonado e em estado de degradação, foi adjudicado a empresários angolanos desde 2020.

Em declarações à imprensa, sexta-feira, depois da visita à infraestrutura, o governador do Cuanza- Norte deu um ultimato até segunda-feira para os empresários justificarem os motivos do subaproveitamento do projecto.

Frisou que  em caso de se constatar incapacidade por parte dos mesmos, o empreendimento será passado a outro investidor já identificado e pronto a dar maior utilidade às infra-estruturas.

Além do abandono, os empresários não cumprem os termos contratuais, sobretudo,  a não realização das benfeitorias ao empreendimento e falta de pagamento das rendas periódicas ao Estado, por mais de quatro anos.

O governador augura que os investidores respondam positivamente às necessidades da província de produção alimentar, fomento do emprego e desenvolvimento da economia local.

Para o responsável, é bastante reprovável o acto de abandono do empreendimento, uma atitude que deixa cair  o investimento do Estado, em prol do reforço da cadeia alimentar da população, redução das importações e desenvolvimento da economia nacional.

Por seu turno, o director provincial do Gabinete Económico Integrado do Cuanza-Norte, Humberto Mesquita, esclareceu que o empreendimento consta de um universo de 26 aviários, dotados de 20 naves cada, implementados em 2012, no quadro de um investimento do Governo com o financiamento da Coreia do Sul, orçado em 68 milhões de dólares.

 Esclareceu que o projecto, previa a produção de ovos, frango de abate, fábrica de ração e matadouro com capacidade de produzir 30 toneladas de carne de frango/dia.

Informou que fruto da crise financeira mundial, associada ao fenómeno da Covid-19, o projecto registou algumas dificuldades e posterior paralisação.

Na tentativa de inverter o quadro, o Governo do Cuanza Norte concedeu o direito de exploração a alguns empresários nacionais que têm se revelado incapazes de dar seguimento ao mesmo.

Esta situação, frisou,  deverá obrigar as autoridades locais a adoptar medidas que assegurem o aproveitamento útil do projecto.

Humberto Mesquita deu conta que dos 26 complexos aviários , apenas um está em funcionamento e outro em via de recuperação, pela Caixa Social das Forças Armadas.  LJ/IMA/ART

 





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