Luanda – O processo de cadastramento das vendedeiras, para o preenchimento de vagas em 114 mercados formais, continua a decorrer com normalidade, em Luanda.
Em curso desde Janeiro último, a iniciativa visa, essencialmente, combater e desencorajar a actividade comercial em locais não autorizados da capital do país.
Para o efeito, estão disponíveis 60 mil vagas, em 114 mercados, das quais duas mil e quinhentas bancadas no município de Luanda e mais de 30 mil no Cazenga.
O plano, que começou na Avenida Fidel de Castro, envolve quatro municípios, no caso Viana, Cacuaco, Belas e Talatona, onde o Governo de Luanda cria condições para a prática da venda em locais autorizados.
De acordo com a coordenação do processo, cada vendedeira terá a oportunidade de escolher o mercado em que quer ser enquadrada, tendo em conta, principalmente, a sua zona de residência.
Inicialmente, estão a ser enquadradas vendeiras nos mercados do São Paulo e da Chapada, ambos do distrito urbano de Sambizanga e Rangel, dois dos mais concorridos.
O cadastramento decorre diariamente das 08h00 às 18h00, no mercado do São Paulo, mas, na impossibilidade de alguma vendedeira chegar a este local pode dirigir-se a outro, a fim de ser registada.
No primeiro dia do processo, foram cadastradas 2.624 vendedoras ambulantes das Avenidas Ngola Kiluanje e Cónego Manuel das Neves, dos municípios de Luanda e Cazenga.
Deste número, 405 foram inseridas no mercado do São Paulo, num processo célere que permitiu que as mesmas começassem na última terça-feira, a comercializar os seus produtos.
Segundo a coordenação do processo, o enquadramento das vendedeiras pode ser feito a partir do momento em que fizer o seu cadastramento (inscrição documental, com a cópia do bilhete de identidade e fotografia), sendo que o trabalho só termina até à retirada de todas as vendedeiras dos locais impróprios.
A nível da província de Luanda, os locais com maior fluxo de venda desordenada são as avenidas Cónego Manuel das Neves e Deolinda Rodrigues, assim como a Vila de Viana, Vila de Cacuaco e a Gajajeira (Bairro São Paulo).
A venda em locais impróprios condiciona o trânsito automóvel e coloca em risco a vida destas vendedeiras, havendo vários relatos de comerciantes que perdem a vida nas estradas de Luanda.
O Plano de Reordenamento do Comércio visa reposicionar os estabelecimentos comerciais, eliminar os constrangimentos decorrentes da venda em locais impróprios, acabar com a proliferação de recauchutagens ilegais, reorganizar as paragens de táxis e auto-carros.
Nas avenidas Cónego Manuel das Neves e Ngola Kiluanje foram alocados mais de 100 polícias, 150 fiscais e 10 bancadas para o cadastramento de vendeiras.Lil/ OPF/AC