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Empresários advogam criação de centros de capacitação nas zonas produtivas

     Economia              
  • Luanda • Quarta, 09 Novembro de 2022 | 23h30
Indústria (Foto Ilustração)
Indústria (Foto Ilustração)
Cedida

Luanda – Os membros da Câmara de Comércio Americana em Angola (AmCham-Angola) defenderam esta quarta-feira, em Luanda, a necessidade da criação de pequenos centros de formação nas zonas produtivas, com vista capacitação do capital humano local.

Segundo o empresário do agronegócio, Rui Magalhães, a construção de infra-estruturas para a capacitação dos operadores, bem como a organização da cadeia produtiva do país constituem factores fundamentais para a captação de mais investimento privado para o país.

Em declarações à ANGOP, após o encontro de reflexão sobre “O impacto do programa de investimentos do G7 em África e para economia angolana”, promovido pela AmCham-Angola, o empresário angolano advogou ser necessário que se “faça bem o trabalho de casa”, para convencer os investidores e atrair recursos financeiros que os Estados Unidos de América (EUA) propõem para Angola, em particular.

Os EUA têm disponíveis 200 biliões de dólares para investir em África, dos quais dois biliões para Angola.

Para a captação desse investimento, Rui Magalhães aponta a necessidade de se melhorar a interacção entre as instituições do Estado e a classe empresarial no país, encontrando as melhores soluções para resoluções dos problemas existentes.

De acordo com o também membro da AmCham-Angola, ainda existe grandes dificuldades de cooperação entre o sector empresarial privado e as instituições do Estado, principalmente no interior no país (áreas produtivas).

“Ainda existe um distanciamento muito grande entre as entidades do Estado e os operadores privados, um factor que inibe a integração de Angola na cadeia global do agronegócio”, sublinhou.

Adicionalmente, a directora-geral da “Food Care”, fábrica de processamento de bens alimentares, Marlene José, defende a formação de quadros para a área de processamento alimentar, visando o aumento da produção e diversificação das exportações.

“Não conseguimos ter produtos nacionais em grandes quantidades para responder a demanda dos mercados europeus e americanos”, sublinhou.

Apontou os produtos como a “kizaca”, “muamba de gingumba”, “muteta”, entre outros bens como os possíveis a serem exportados nesses mercados, mas ainda “não são processados de acordo com as normais exigidas internacionalmente”.

Além disso, recordou também a falta de um “Código de Barra” no país como outro desafio do Governo, para certificação e identificação dos produtos angolanos no exterior.

Por seu turno, o secretário de Estado para a Economia, Ivan Marques dos Santos, considerou legitimas as preocupações apresentadas pelos empresários, tendo assegurado mais trabalho para reverter o actual quadro, com vista a melhoria do ambiente de negócio.

O encontro de reflexão sobre “O impacto do programa de investimentos do G7 em África e para economia angolana” contou com a participação representantes da Embaixada dos EUA em Angola, auxiliares do Titular do Poder Executivo, membros da AmCham-Angola e responsáveis das multinacionais americanas a operar em Angola.

O evento serviu também para apresentar projectos científicos e tecnológicos das crianças da Associação “Kandengues Cientistas”, que demonstraram as várias soluções para evitar acidentes rodoviários e produção de energias renováveis.

A AmCham-Angola é afiliada da Câmara de Comércio dos Estados Unidos, fundada pelo Presidente William Taft, em 1912.

As AmChams estão presentes em mais de 118 países no mundo e visam promover os laços culturais, académicos, comerciais e económicos entre os Estados Unidos e os seus parceiros.

 

 

 



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