Luanda – A República de Angola consta da lista dos 20 maiores produtores de mandioca do mundo, ocupando a 5ª posição, com uma produção anual de 16,2 milhões de toneladas/ano, depois do Brasil com 21,4 milhões de toneladas.
De acordo com a publicação da Socientifica a que ANGOP teve acesso no seu portal, os maiores produtores de mandioca do mundo encontram-se em no continente africano, sobretudo na África subsaariana.
De acordo com a publicação, de 26 de Outubro, cerca de 268 milhões de toneladas de mandioca são produzidas anualmente no mundo.
Dentre os maiores produtores de mandioca do mundo, a Socientifica destaca a Nigéria com uma produção de 47,4 milhões de toneladas (dados de 2013), a seguir a Tailândia com 30,2 milhões de toneladas, a Indonésia com 23, 9 milhões e o Brasil com 21.4 milhões na 4ª posição.
Na lista dos 20 países seleccionados, Angola aparece na 5ª posição, seguida do Ghana com 15,6 milhões de toneladas/ano.
Países como, a RDC, Vietname, Índia, Malawi, Tanzânia, Camarões, China, Moçambique, Benim, Serra Leoa, Madagascar, Uganda e Ruanda, também constam da lista.
A mandioca é tida como uma importante fonte de comida nos trópicos, e fornece o terceiro maior rendimento de carboidratos entre as plantas cultivadas, de acordo com publicação.
A planta cresce bem em solos pobres e áreas com baixa pluviosidade, seu cultivo é popular em países da África subsaariana, com vários deles dentre os maiores produtores de mandioca do mundo.
A mandioca aguenta diversas condições de plantio e cultivo, inclusive solos com o pH que variam do ácido ao alcalino, pluviosidade anual de 50 a 5 milimetros (mm), elevação entre o nível do mar e 2000 metros (m), e até mesmo temperaturas equatoriais.
O facto de ser uma planta perene facilita sua colheita quando essa se faz necessária, e também funciona como reserva de alimento durante secas.
A mandioca, portanto, serve como uma cultura de rendimento e de subsistência.
As nações africanas são as mais dependentes de culturas de raízes e tubérculos, como mandioca, inhame e batata-doce.
A título de exemplo, no Ghana, um dos maiores produtores de mandioca do mundo, 46% do PIB do país deve-se ao comércio de mandioca. Quase todas as fazendas familiares naquele país cultivam mandioca, que faz parte do consumo diário de calorias de pelo menos 30% dos habitantes do país.
A publicação cientifica destaca também a Índia, onde a mandioca é um alimento básico nos estados de Kerala e Andhra Pradesh, além de ser importante fonte de carboidratos em Assam.
A mandioca produzida na Tailândia e Vietname é exportada principalmente para a China. Nesse país, por sua vez, a província de Quancim é responsável por cerca de 60% da produção de mandioca.
Diversos tipos de bebidas alcoólicas também são produzidos com mandioca. A mandioca, em geral, é parte importante da culinária de muitos países ao redor do mundo.
Apesar dos mais variados benefícios, a pesquisa cientifica lembra que a mandioca tem propriedades tóxicas, que precisam ser tratadas antes do consumo.
Mas ainda assim, assim, a mandioca é consumida a nível global, sendo cultivada especialmente nas regiões tropicais e subtropicais do planeta
As raízes da planta são ricas em amido, com pequenas quantidades de vitamina C, fósforo e cálcio.
Proteínas e outros nutrientes estão presentes, mas em quantidades insignificantes. As folhas de mandioca são fonte rica de proteínas, mas deficiente em certos aminoácidos.
Pesquisas em torno deste tubérculo continuam com o objectivo de avaliar o uso de mandioca como fonte de biocombustível.
Os tubérculos de mandioca também são usados como ração animal, entre outros benefícios.
Em Angola, além da farinha (fuba de bombo), a mandioca é transformada para farinha musseque.