Luanda – Angola considera a União Aduaneira da África Austral (SACU) como um factor crucial na promoção de condições para uma concorrência justa e equilibrada na Área Aduaneira Comum dos países da África Austral.
Essa afirmação é da representa Permanente da República de Angola, junto das organizações das Nações Unidas (ONU), em Genebra, Margarida Izata, no decurso da 15ª reunião para revisão da política comercial da SACU, que decorreu de 25 a 27 deste mes, na sede da Organização Mundial do Comércio (OMC).
Segundo a diplomata angolana, a SACU no conjunto das suas acções, promove um meta virada substancialmente para as oportunidades de investimento, melhorar o desenvolvimento económico, a diversificação, a industrialização , a competitividade dos Estados-membros e a integração desta região na Economia Global, através do reforço do comércio e do investimento.
Um destes passos, adiantou a embaixadora, o Plano Estratégico 2022-2027, apresentado no encontro de Genebra, organizado em torno de cinco pilares, centrados no aproveitamento das oportunidades da Zona de Comércio Livre Continental (ACFTA), para o reforço das políticas de industrialização, exportações, promoção do investimento, facilitação do comércio e logística.
De igual modo, o reforço das relações comerciais e envolvimento unificado com terceiros, finanças e mobilização de recursos, referiu a responsável.
Afirmou também que Angola almeja aumentar de forma gradual, mas robusta, as trocas comerciais com os Estados membros da SACU, com o objectivo de promover a cooperação e os investimentos mútuos, que são cruciais para a recuperação económica do país e como meio de melhorar o desenvolvimento sustentável na região da SADC.
Neste sentido, mencionou a grande contribuição que poderá dar o "Corredor do Lobito", como um projecto de infra-estruturas que liga Angola à Zâmbia e RDC, por via férrea, e que pretende facilitar o acesso ao Porto do Lobito, desencadeando o desenvolvimento económico não apenas da região austral, mas também de todo o continente africano.
A embaixadora Margarida Izata destacou ainda a importância dos dados contidos no relatório oficial da SACU e no relatório detalhado do Secretariado, relativos aos últimos oito anos de processos económicos e comerciais nos membros da União Aduaneira, nomeadamente as república do Botswana,Namíbia e da África do Sul, bem como os reino de Eswatini e Lesoto.
A diplomata angolana sublinhou a relevância da estrutura organizacional da SACU, que inclui instituições eficazes, transparentes e democráticas que partilham benefícios comerciais equitativos, permitindo a integração desta região na Economia Global.
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Reconheceu a SACU como uma Organização incontornável para a promoção do comércio e do desenvolvimento no Sistema de Comércio Multilateral, assim como para com a OMC.
A União Aduaneira da África Austral (SACU) é uma das mais antigas uniões aduaneiras em funcionamento no mundo e tem facilitado com sucesso, na última década, a circulação transfronteiriça de mercadorias entre Estados-membros.
No contexto dos Estados-membros da SACU, o principal parceiro comercial de Angola é a República da África do Sul, mas também o país tem uma actividade comercial emergente com a República do Botswana, o Reino de Eswatini, o Reino do Lesoto e a República da Namíbia.CLAU/AC