Ondjiva – O administrador municipal do Curoca, província do Cunene, Manuel Domingos Taby, defendeu, esta quinta-feira, a necessidade de se incrementar as parcerias público-privadas, visando o desenvolvimento local.
Falando à margem de uma visita ao projecto agro-industrial da empresa ESOPAK, disse ser necessário um maior investimento privado para exploração dos recursos naturais existentes e alavancar o município considerado mais pobre do país (Curoca).
Segundo o responsável, a pobreza do Curoca deriva da consciência humana, pois que o mesmo dispõe de recursos naturais, minerais, hídricos e turísticos que bem explorado poderão alavancar o progresso.
Domingos Taby afirmou que a visita à unidade de produção visou constatar o nível de produção e abordar as inquietações relacionadas com a invasão das comunidades que tendem a furtar a produção.
Disse ser tarefa da administração fazer uma advocacia com as comunidades locais, a fim de salvaguardar as acções deste projecto, considerado um exemplo de investimento privado na região.
“Viemos constatar e trabalhar em conjunto para pôr fim às inquietações registadas e encorajar o trabalho desenvolvido, porque a agricultura é a base e a indústria o factor decisivo para o desenvolvimento do país ", sublinhou.
Por seu turno, o representante da ESOPAK, António kamati, disse que mensalmente são registados três a quatro casos de furtos, protagonizado pelas comunidades circunvizinhas que invadem os campos agrícolas para recolha do milho em fase produtiva.
O projecto, em curso desde 2018, colhe anualmente cerca de sete mil e 500 toneladas de milho, que são comercializados nas províncias do Huambo, Huíla, Benguela, Luanda, incluindo o Cunene.
A fazenda que conta com 40 mil hectares dispõe actualmente de 111 trabalhadores, situa-se entre os municípios de Curoca e Ombadja, áreas com potencial agrícola, tem no rio Cunene a sua principal fonte de abastecimento de água.FI/LHE/PPA