Ondjiva - O biólogo Valdemar Bunta advogou terça-feira, em Ondjiva, província do Cunene, o reforço das estratégias de protecção das aves migratórias, de modo a garantir a preservação da biodiversidade.
Em declarações à ANGOP, a propósito do Dia Mundial das Aves Migratórias (que se assinala no segundo sábado do mês de Maio), referiu que esta espécie é de grande importância ecológica, por servir de cadeia alimentar para outros animais, e de atracção turística.
Neste sentido, disse ser fundamental a criação de condições para que estas aves possam ter uma localidade como zona de habitat, beneficiando não apenas estes animais, mas também outras formas de vida que dependem desses ecossistemas.
“É pertinente a preservação de qualquer zona de transição ou fixação desta espécie, para evitar o risco de desequilíbrio ecológico, pois as mesmas ajudam no controle de insectos e roedores, além de dispersarem sementes para reprodução de plantas. Por isso, o organismo de tutela e ambientalistas devem estar atentos e observar a existência desses animais”, salientou.
Na província do Cunene existem várias espécies de aves migratórias, com maior incidência na época de cheias, onde é frequente o aparecimento de cegonhas, patos migratórios, entre outras.
Explicou que são consideradas aves migratórias devido ao seu longo percurso de voo, pois circulam de um país ao outro, saindo do pólo norte ao sul, devido às condições climatéricas.
O Dia Mundial das Aves Migratórias destina-se à chamada de atenção para a necessidade da conservação desse tipo de ave e dos seus habitats e aumentar a consciencialização global sobre as ameaças enfrentadas por estes animais.
A data foi instituída em 2006 pelo Secretariado do Acordo para a Conservação das Aves Aquáticas Migratórias Afro-Eurasiáticas “AEWA” em colaboração com o Secretariado da Convenção sobre a Conservação das Espécies Migratórias da Fauna Selvagem “CMS”.FI/LHE/MCN