Luena – A supervisora de Saúde Reprodutiva do município do Moxico, sede da província com o mesmo nome, Odeth Mendonça, defendeu, esta sexta-feira, no Luena, a implementação de um plano de formação para as parteiras tradicionais.
A responsável que falava à ANGOP, por ocasião do Dia Internacional da Parteira Tradicional, assinalado 5 de Maio, reconheceu a contribuição das profissionais na redução de mortes maternas durante o parto.
No município do Moxico, são controladas 217 parteiras tradicionais, destas apenas 50 beneficiaram de acção formativa e kits para realizar de partos caseiros.
De acordo com a supervisora, só no primeiro trimestre do corrente ano, as parteiras tradicionais, a nível da região, realizaram 110 partos domiciliares contra os 66 registados em 2021.
“As parteiras tradicionais contribuem muito para que haja partos seguros nas comunidades, reduzindo, deste modo, a mortalidade materno-infantil, pelo que elas devem estar actualizadas sobre os passos da medicina”, defendeu.
Em declarações à ANGOP, a parteira tradicional Ana Mafo, de 72 anos, disse que desempenha este trabalho há 44 anos, tendo começado enquanto refugiada de Angola na vizinha República da Zâmbia, auxiliando inúmeros partos.
Já a parteira Adelaide Fernandes, 53 anos, disse que efectua este trabalho desde os 18 anos, afirmando ter beneficiado de acções de formação promovidas por organizações não governamentais há mais de 20 anos.
Entretanto, a directora de enfermagem da Maternidade Provincial do Moxico, Isolina Pinto, apesar de destacar o contributo destas profissionais na sociedade, recomendou às parturientes a procurarem as unidades vocacionadas, para realização de partos seguros”, reforçou.
