Malanje - O Plano Nacional de Fomento da Produção de Grãos (PLANAGRAO) prevê produzir seis milhões de toneladas de cereais e leguminosas, até 2027, para elevar os níveis de segurança alimentar no país e reduzir as importações.
A informação foi dada hoje, nesta cidade, pela ministra de Estado para a Área Social, Maria do Rosário Bragança durante o acto central do 49º aniversário da Independência Nacional, que Malanje acolheu, tendo garantido que os campos estão a ser preparados para se atingir a meta.
Disse estar em curso o Programa de Aceleração da Agricultura Familiar e Reforço da Segurança Alimentar, implementado pelo Fundo de Apoio ao Desenvolvimento Agrário (FADA) e que visa o aumento da produtividade por parte de agricultores individuais, cooperativas, associações agropecuárias, micro e pequenas empresas.
Para este programa, frisou que o governo tem disponíveis 85 mil milhões de Kwanzas, o que já permitiu apoiar mais de mil cooperativas com 2 mil 664 motocultivadoras e 355 tractores, prevendo-se alcançar cerca de 200 mil hectares de terra cultivada e 3,5 milhões de toneladas de produtos diversos que fazem parte da cesta básica.
Para o ano agrícola 2024/2025, aberto em Outubro último, estão preparados mais de 6 milhões de hectares de terra e foram disponibilizados para a agricultura familiar 222 mil unidades de equipamentos e instrumentos de trabalho diversos com destaque para enxadas, catanas, foices, motocultivadoras, semeadoras e outros.
Foram ainda distribuídas 52 mil toneladas de fertilizantes e 12 mil toneladas de sementes diversas, o que representa um acréscimo de cerca de 100 por cento em relação ao ano anterior.
Os factores de produção para a campanha 2024/2025 foram disponibilizados atempadamente e espera-se abranger, aproximadamente, um milhão e duzentas mil famílias camponesas, assegurou a ministra.
Por outro lado, reiterou que a extensão do Programa de Fortalecimento de Protecção Social “KWENDA”, até 2029, será reforçada para a prevenção e o combate à vulnerabilidade, bem como o capital humano, a resiliência e a resposta aos choques climáticos.
No sector do turismo, realçou que o país tem a oportunidade de se tornar num destino turístico atractivo, tendo em conta os encantos que possui, e que Malanje detém de um potencial turístico invejável, que precisa ser transformado em realidade.
Já para a economia azul, Maria do Rosário Bragança assegurou que este subsector deve ser engajado no processo de diversificação da economia, aproveitando os ganhos da paz.
No que toca aos preços dos produtos, referiu que deve-se aos choques inflaccionistas que as principais economias do mundo vivem, com o aumento dos diversos factores de produção e sendo que o país ainda dependente muito da importação, a sua economia está permanentemente exposta a essa tendência.
E para a superação desses efeitos na economia angolana ou a sua atenuação, o Executivo está a trabalhar afincadamente elevar os níveis de segurança alimentar, com o acesso a uma alimentação equilibrada, a par da diversificação da economia, cujos programas e acções estão em curso.
Por isso, disse que deve-se prosseguir com os esforços para aumentar a produção nacional e o emprego, tornando o país menos dependente da importação de alimentos e reduzindo as desigualdades sociais, para o garante de melhor qualidade de vida.PBC