Cangamba - Os habitantes do município dos Luchazes, província do Moxico, clamam pela instalação de uma agência bancária, para facilitar as transições e evitar êxodo de trabalhadores da função pública.
Habitado por mais 20 mil pessoas, Luchazes, situado a 357 km do Luena, contava com uma agência do Banco de Poupança e Crédito (BPC) encerrada no âmbito do processo de redimensionamento da rede de agências desse banco comercial público.
Nesse momento o município não possui nenhuma dependência bancária, factor que dificulta a vida da população, em particular dos funcionários públicos, que são obrigados a abandonar os locais de trabalho para movimentos bancários no Luena.
Daniel Ngombo Paiva, funcionário da Administração Municipal dos Luchazes, disse à ANGOP que a situação está a provocar vários constragimentos, obrigando a população a gastar oito a dez mil kwanzas de transporte para o levantamento do salário no Luena.
Por sua vez, Mário Tomás, antigo combatente, disse que, por vezes, alguns habitantes recorrem a um cidadão estrangeiro local, proprietário de uma loja conveniência, descontando-lhes 20 por cento do total da verba a solicitar.
Já o enfermeiro Bernardo Sacalenga, solicita a abertura de outras agências na região, para suprimir as dificuldades da população.
O professor Adão Virgílio não entende as razões que levam as várias agências bancárias limitarem-se a se instalar apenas nas sedes capitais, uma vez que os funcionários públicos estão em toda extensão da província.
Uma fonte da Administração Municipal dos Luchazes disse à ANGOP que a situação já é do conhecimento do Governo Provincial que estuda mecanismos de ultrapassar tal constrangimento.