Porto Amboim – A governadora da província do Cuanza-Sul, Mara Quiosa, assegurou, esta quarta-feira, no Porto Amboim, a necessidade da implantação de um novo projecto de água para a localidade.
Em declarações à imprensa, a governante, que radiografou a situação social e económica da municipalidade, sublinhou que o actual sistema de água foi instalado antes da independência nacional e já não responde demanda, tendo em conta as constantes ropturas de sua conduta, num percurso de 22 quilómetros, a partir do rio Keve.
Recorde-se que o sistema de água do Porto Amboim foi construído em 1958.
“Há uma equipa que já esteve aqui a fazer uma avaliação, para que esteja montado um novo sistema de fornecimento de água para captar os financiamentos, por esta razão, temos discutido com o Ministério da Energia e Águas para ultrapassarmos estes constrangimentos”, explicou.
ETA Porto Amboim
Por sua vez, a administradora do município do Porto Amboim, Maria Sumano, disse que a Estação de Tratamento de Água (ETA) localizada na comunidade da Pinda (Rio Keve) conta com seis electrobombas, distribuídas em duas de captação e quatro de elevação.
Actualmente, segundo a responsável, apenas estão operacionais três electrobombas, om uma capacidade de produção de água potável de quatro mil 280 metros cúbicos/dia, bastante insuficiente para os mais de 160 mil habitantes.
Ressaltou que camiões cisternas, com preços que variam entre 30 mil e 60 mil Kwanzas, abastecem a população .
Quanto aos pequenos sistemas de agua, disse existem quatro nas comunidades do Cambalo, Calele, Capolo e Hogiwa e 49 chafarizes, desses 21 estão operacionais.
Obra de reforço do sistema de água está paralisada
A obra do reforço do sistema de abastecimento de água potável para o Porto Amboim está paralisada desde 2017 e contribui, de acordo com os membros dos conselhos de moradores, na redução da distribuição para uma população.
A ANGOP apurou que a obra de reforço do sistema de abastecimento de água de Porto Amboim, consignada em 2015, custava mais de 60 milhões de dólares norte-americanos e esteve a cargo da empresa CGCCO, sob fiscalização da empresa INGESFISCO.
Inicialmente, de acordo com fontes oficiais, o projecto previa a construção de dois tanques de água, com a capacidade de cinco mil metros cúbicos/cada e no local está erguido apenas um com a referida dimensão. Lc/ALH