Luanda – A abertura da época balnear 2024-2025, inicialmente prevista para o dia 28 deste mês, foi adiada por razões de natureza ambiental, anunciou o Serviço de Protecção Civil e Bombeiros (SPCB).
De acordo com o director nacional do Gabinete de Comunicação Institucional e Imprensa (GCII) do SPCB, superintendente bombeiro Wilson Baptista, o surgimento de uma certa quantidade de substâncias na orla marítima das províncias do norte a sul do país tornou inviável o acto de abertura da época balnear.
Em entrevista à ANGOP, o oficial superior disse que uma equipa multissectorial, liderada pelo Ministério do Ambiente, fez a colecta de amostras que indicam tratar-se de substâncias marinhas que podem causar problemas de saúde aos banhistas.
“Até que se tenha uma informação fidedigna, a data para a abertura simbólica da época balnear fica adiada sine die”, frisou.
Sustentou que a segurança balnear transcende a questão do afogamento, englobando também a saúde pública, facto que implica a manutenção das praias com condições de uma estada segura e saudável das pessoas.
Quanto ao grau de perigosidade das micro algas marinhas que surgiram ao longo da costa marítima nacional, o director disse que a quantidade é considerável.
Afirmou que independentemente da perigosidade, quer biológica quer química, a percentagem torna inviável o acesso às águas das praias.
Meios técnicos e humanos assegurados
Apesar do contratempo registado devido a questões de natureza ambiental, o superintendente bombeiro frisou que está tudo preparado por parte do SPCB para a abertura da época balnear 2024-2025, com a disponibilização de meios técnicos e humanos.
Neste contexto, referiu que a grande aposta reside no aumento dos efectivos (nadadores-salvadores) em cerca de 200 profissionais. Na época 2023-2024 o número especialistas foi de dois mil.
Disse igualmente que a sua instituição está empenhada na sensibilização, com vista a diminuir gradualmente os níveis de sinistralidade nas praias do país.
De igual modo, garantiu, serão sinalizadas as praias proibidas, as que apresentam risco elevado de afogamento e as autorizadas com nadadores-salvadores, para que a comunicação seja efectiva e clara.
Neste quadro, o director nacional do GCII do Serviço de Protecção Civil e Bombeiros apelou às pessoas para evitarem o uso das praias durante o período de adiamento da época balnear, até que se identifiquem as condições necessárias para o usufruto deste espaço de forma segura.
Angola tem uma costa marítima de mil e 650 quilómetros de norte a sul, banhada pelo Oceano atlântico. ANM/SEC