Lubango – A província da Huíla tem mais de três mil quilómetros de estradas secundárias, terciárias e pontes por reabilitar, facto que inibe a aposta na agricultura considerou, no Lubango, o governador Nuno Mahapi.
Com uma rede viária de quase sete mil quilómetros, mais de 60 por cento são vias secundárias e terciárias conectadas às áreas de produção agrícola de Chicomba, Quipungo, Jamba, Matala, Quilengues, Humpata, Caluquembe e Caconda.
Ao todo, são cultivados anualmente na província 600 mil hectares, quando a real potencialidade fixa-se em quase 12 milhões de hectares.
Segundo o governador, que falava domingo ao Jornal da Tarde da TPA, a reabilitação dessas vias é urgente, pois só assim serão atractivas as vastas áreas de terras aráveis por explorar.
Augurou mais divulgação das potencialidades agrárias locais, para incentivar à prática de uma agricultura familiar e industrial com rigor.
Para ele, a agricultura é ainda a "grande" solução para a cadeia alimentar da província, sem perder o foco nos recursos humanos, que são fundamentais para um desenvolvimento real.
Conforme Nuno Mahapi, uma outra preocupação é integrar a população no processo de valorização do turismo, dando mais valor aos seus conhecimentos, revelando estarem prontos dois projectos que vão ser apresentados ao público, sendo um ligado à Fenda da Tundavala e outro ao Parque Nacional do Bicuar.
"Se conseguimos acrescer recursos financeiros para além do Orçamento Geral do Estado (OGE) teremos mais valências para um desenvolvimento mais harmonioso. O foco não pode restringir-se a cidade do Lubango, mas a toda a província", continuou.
Em relação ao Plano Integrado de Intervenção nos Municípios (PIIM), o governador declarou estar no bom caminho, mas ainda não satisfaz as necessidades, pois o mais importante é dar solução aos problemas da população.
A província da Huíla é a segunda mais populosa de Angola, a seguir a Luanda e tem uma população estimada em três milhões, 90 mil e 46 habitantes, conforme projecções do Instituto Nacional de Estatísticas (INE) para este ano, que tem como base o Censo de 2014.