Luanda - A ministra de Estada para a Área Social, Carolina Cerqueira, disse, nesta quinta-feira, em Luanda, que os cuidados de saúde vão muito para além do bem-estar físico e mental das pessoas, na medida em que privilegiam o respeito, à dignidade humana tanto dos utentes como dos profissionais de saúde.
Carolina Cerqueira falava na abertura da semana nacional da humanização que decorre até 7 de Abril sob o lema “Universalizar o atendimento humanizado em saúde”, que visa reflectir sobre a qualidade da prestação de cuidados de saúde a população e como torná-los cada vez mais céleres, humanizados e abrangentes.
Segundo a governante, esta semana comemora-se também o Dia Mundial da Saúde, uma dupla comemoração que tem lugar, no entanto, num momento difícil da vida do país e como Nação perante os efeitos preocupantes da maior crise sanitária do último século que assola o mundo inteiro e de que Angola não é excepção.
Conforme Carolina Cerqueira, a humanização e as dimensões a eles conexas implicam a promoção do bem comum, que deverá sobrepor-se aos interesses de pequenos grupos e de indivíduos, envolvendo também a promoção da coesão social e da solidariedade, bem como incentivar a capacidade de saber ouvir e de desenvolvimento de um diálogo permanente que valorize a multiplicidade cultural, rompa com o estigma da diferenciação do género e da estratificação social.
Esta acção, de acordo com a ministra, deve ainda romper a diferença de idade nas relações humanas e de outros factores que não podem dificultar a forma de conhecer as necessidades e expectativas de cada um e de todos, contribuindo para o alcance da cobertura universal do atendimento humanizado em saúde, sem deixar ninguém para trás, para todos juntos contribuírem na construção de uma Angola saudável, inclusiva e solidária.
Carolina Cerqueira, salientou que à Covid-19 constitui uma preocupação global, particularmente para os profissionais mais expostos, como os trabalhadores de saúde, das forças de Defesa e Segurança, professores e outros grupos, em particular os funcionários e agentes das áreas de assistência social, que constituem os alvos de maior risco e que foram chamados, desde as primeiras horas, para se vencer o enorme desafio que é à pandemia da Covid-19.
A ministra referiu que esta doença constitui uma ameaça à sobrevivência e um obstáculo à continuidade da prestação de serviços sociais de qualidade para todos, em particular dos cuidados de saúde de forma permanente e muitas vezes em condições de grande risco e dificuldade, que requerem do pessoal de saúde muita resistência, força anímica, grande espírito de missão e de amor ao próximo.
“Por essa razão, priorizamos estes grupos para protege-los através da vacinação contra a Covid-19 e gostaria de fazer um apelo para que esta oportunidade seja plenamente aproveitada para preservar a vida dos nossos trabalhadores da linha da frente, que onde quer que se encontrem são os guardiães da vida e da esperança, nestes dias difíceis que vivemos”, disse.
Perante a premência do confronto e do controlo da transmissão da Covid-19, a ministra avançou que o trabalhador de saúde desempenha um papel vital para garantir um sistema de saúde funcional, humanizado e seguro para salvar vidas.
A semana de humanização decorre em todo o país até 7 de Abril.