Lubango - A construção de casas de acolhimento destinadas aos primeiros socorros à mulher em serviço de parto nas comunidades é prioridade da Associação de Parteiras Tradicionais da Huíla, que apela à intervenção das autoridades.
Em entrevista hoje, segunda-feira, à ANGOP, a sua responsável, Cristina Tchopelesso, disse que pretende-se com essas infra-estruturas encurtar a distância que as parteiras e as gestantes em trabalho de parto percorrem em busca de busca de um serviço de qualidade.
Para ela, se as administrações municipais ajudarem a implementar esse projecto, as salas servirão igualmente para aconselhamento à jovem mulher, como forma de evitar a gravidez indesejada.
Para ela, essas casas são importantes nas comunidades sem hospitais e onde o papel das parteiras tradicionais é activo, pois a mulher em trabalho de parto poderá aguardar pelos serviços de emergência, enquanto é acompanhada.
Sublinhou que antes, as parteiras munidas de um kit podiam realizar puerpérios em casa, caso fossem solicitadas por alguma gestante na comunidade, mas o quadro mudou por causa das doenças contagiosas, como hepatite “B” e VIH/SIDA, deixando essa actividade para unidades convencionais.
Destacou que o dia-a-dia da parteira tradicional “é sofrido”, porque às vezes a gestante sem recursos para o aluguer um transporte, forçam as parteiras a tirar do seu bolso para arranjar meios de levá-la a uma unidade sanitária mais próxima.
A associação na província da Huíla contra três mil duzentas e cinquenta parteiras tradicionais