Luanda – A ministra de Estado para a Área Social, Carolina Cerqueira, anunciou, neste sábado, a entrada em funcionamento, em breve, do Centro de Tratamento de Doenças Infecciosas com 1.200 camas, localizado em Calumbo, em Viana (Luanda).
Segundo a ministra, que falava em conferência de imprensa, a nova infra-estrutura sanitária faz parte das acções desenvolvidas pelo Executivo angolano destinadas ao aumento da oferta e a melhorias dos serviços sanitários prestados às populações.
Carolina Cerqueira deu ainda a conhecer que em forja está, igualmente, a inauguração do Hospital de Campanha do Cunene, enquanto em construção estão os de Benguela e do Uíge.
Em perspectiva, adiantou a ministra, estão hospitais similares na Huíla e no Cuanza Sul.
A ministra relembrou que, no âmbito das acções do Executivo, estão em funcionamento os hospitais de campanha na Lunda Norte e Cabinda, no quadro da campanha de combate e prevenção contra a Covid-19.
Carolina Cerqueira adiantou que, no âmbito do alinhamento das prioridades a nível da assistência médica, o governo angolano vai encerrar, em Fevereiro, a junta médica em Portugal.
Conforme a governante, a reestruturação da junta médica em Portugal visa cortar os custos com pacientes em tratamento médico tendo em conta o aumento da oferta sanitária no país.
Actualmente, disse, o país conta já com mais recursos humanos e tecnológicos e muitas patologias já podem ser resolvidas internamente.
“Com o decorrer dos anos o objectivo da junta foi adulterado, havendo casos de cidadãos que foram de junta, especialmente para Portugal, permaneceram e outros ainda insistem em permanecer, às custas do erário público, mesmo com alta médica”, reforçou.
Tal situação, adiantou Carolina Cerqueira, beneficiou uma pequena faixa da população, principalmente da classe média, quando os mais necessitados não podiam sair por falta de recursos financeiros.
Por seu turno, a ministra da Saúde, Sílvia Lutucuta, avançou que, com a entrada em funcionamento de novas unidades e serviços sanitários no país, deixa de haver razões para o envio de pacientes ao exterior para tratamento médico.
“A entrada em função de novas unidades sanitárias de referência permitem com que os pacientes sejam assistidos e acompanhados no país.
Dados disponíveis apontam que o país tem 245 pacientes e 130 acompanhantes as expensas da junta médica nacional, em Portugal. Cada paciente, segundo os dados, custa, em média anual, cerca de cinco milhões de Kwanzas.
Nas últimas décadas foram tratados, em junta médica em Portugal, 9.360 pacientes e 5.250 acompanhantes, com gastos anuais de cerca de seis milhões de euros.