Luanda - O noticiário político, da semana finda, foi marcado, entre outras actividades, pela visita a Angola do secretário de Defesa dos Estados Unidos da América (EUA), Lloyd Austin, virada ao reforço das relações de cooperação no domínio da defesa e segurança.
Durante 24 horas no país, no âmbito de um périplo por África, que o levou ao Djibouti e Quénia, o responsável norte-americano foi recebido, em audiência, pelo Presidente da República, João Lourenço, a quem apresentou os novos ângulos da política dos EUA para África.
Na capital angolana, Lloyd Austin presenciou, ainda, a abertura de conversações entre delegações militares de Angola e dos Estados Unidos e proferiu um discurso, tendo sublinhado a intenção do seu país em reforçar parcerias para a promoção da paz, segurança e governação, baseada no Estado de direito.
Ao referir-se ao poder da parceria, um dos pontos altos dos seus pronunciamentos, o secretário de Defesa considerou Angola como “um líder em ascensão na região africana e não só”, que se tornou parceiro altamente estimado e apto para os Estados Unidos da América, e reiterou o compromisso do governo do seu país com parceiros africanos.
Sublinhou que as relações dos EUA com Angola registaram imensos progressos, ao longo dos últimos anos, daí estar-se a aprofundar a cooperação com o Governo angolano na modernização militar, formação, segurança marítima e prontidão médica.
Nos últimos sete dias tiveram igualmente realce as reuniões dos conselhos de Ministros e de Segurança Nacional, ambas orientadas pelo Presidente da República.
O Conselho de Ministros aprovou seis instrumentos bilaterais, no quadro da Política Externa de Angola, entre os quais três relativos à Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC), ao passo que os membros do Conselho de Segurança Nacional reviram, na sua 2ª reunião, assuntos de interesse da vida e funcionamento dos Órgãos de Defesa e Segurança, dos projectos de Lei de Segurança Nacional e do Estatuto Orgânico do Serviço de Inteligência e Segurança Militar.
O encontro do Conselho de Segurança Nacional analisou também os conflitos no mundo e os recentes golpes de Estado em África.
No capítulo parlamentar, a presidente da Assembleia Nacional (AN), Carolina Cerqueira, reafirmou o engajamento dos deputados angolanos para o êxito da 147ª Assembleia da União Interparlamentar (UIP), que o país acolhe de 23 a 27 de Outubro próximo.
Por seu turno, a embaixadora extraordinária e plenipotenciária de Angola na Confederação Suíça, Filomena Delgado, defendeu maior intensificação da cooperação interparlamentar com a Suíça.
Além fronteiras, o país defendeu, em Nova Iorque, Estados Unidos da América (EUA), uma frente mais unida e voz comum para salvaguardar a posição da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) em questões internacionais, como a paz, segurança, desenvolvimento sustentável e alterações climáticas.
Segundo uma nota de imprensa da Missão Permanente de Angola junto das Nações Unidas (ONU), o seu representante, Francisco da Cruz, reiterou o compromisso de trabalhar com diligência e sentido de responsabilidade para enfrentar, de forma unida, os grandes desafios presentes e futuros que a organização enfrenta.
Francisco da Cruz assume, desde o dia 26 deste mês, a presidência rotativa dos países da SADC acreditados na ONU e augura prosseguir o trabalho desenvolvido pelo seu antecessor no legado de defesa dos interesses e da agenda, inspirados nos princípios e determinação do Pan-africanismo e do multilateralismo.
Durante a semana, fizeram ainda eco no noticiário político da ANGOP assuntos ligados às relações entre Angola e a China, abordados no âmbito das comemorações do 74º aniversário da proclamação daquele país asiático.
O lançamento do prémio “Personalidade Política do Ano” e do anúncio da realização da XI Jornada Parlamentar da UNITA, de 03 a 07 de Outubro próximo, na província de Malanje, também fizeram manchete.
Ao intervir na cerimónia dos 74 anos da proclamação da República Popular da China, o responsável da Direcção para Ásia e Oceania do Ministério das Relações Exteriores, Miguel de Dialamicua, reafirmou o apoio de Angola ao princípio de uma China única, bem como ao da não interferência nos assuntos internos de outros Estados.
Segundo o diplomata, Angola é favorável aos princípios internacionalmente aceites e ao respeito pela integridade territorial da República Popular da China.
Por sua vez, a República Popular da China manifestou disponibilidade em apoiar os esforços de Angola a desempenhar um papel mais marcante e importante nos assuntos internacionais e regionais.
A encarregada de Negócios da Embaixada da China em Angola, Chen Feng, que falava durante a cerimónia, assinalada terça-feira última, referiu que o seu país aprecia a mediação activa de Angola nas questões regionais.
Já o prémio Personalidade Política do Ano, lançado oficialmente esta sexta-feira, visa a promoção e o reconhecimento do desempenho de servidores públicos a nível nacional, numa iniciativa de natureza social da agência “Skylight Comunicação e Eventos”, que contempla cinco categorias gerais e uma especial.
Os galardoados, nas categorias de melhores governador provincial, administrador municipal, deputado e ministro, assim como político revelação e personalidade política do ano deverão receber, como prémio, troféus e certificados. VC/VIC