Luanda – Angola voltou a apelar, quarta-feira, na sede das Nações Unidas, em Nova Iorque, para a necessidade dos Estados-membros trabalharem mais na promoção da paz e segurança internacional.
O posicionamento foi reafirmado pelo ministro das Relações Exteriores, Téte António, quando intervinha na reunião ministerial do G20, grupo formado pelas maiores economias do mundo, além da União Africana e da União Europeia, no quadro da 79ª Assembleia Geral da ONU.
Salientou que Angola reconhece as inúmeras realizações da ONU e a sua estrutura associada, mas para o seu contínuo êxito e relevância, necessita de se adaptar às realidades do mundo de hoje, aprimorar a sua capacidade para enfrentar com eficácia os diversos desafios internacionais interconectados.
De acordo com o chefe da diplomacia angolana, o fortalecimento e reforma do sistema multilateral deve incluir os instrumentos de governação global mais inclusivos, representativos e participativos.
Disse que o objectivo é facilitar uma participação maior e mais significativa dos países em desenvolvimento e menos desenvolvidos, especialmente em África, nos processos e estruturas de tomada de decisão globais e torná-la mais sintonizada com as realidades contemporâneas.
Assim como basear-se na consulta e colaboração inclusiva em benefício de todos, respeitando a independência soberana, a igualdade, os interesses e preocupações legítimas mútuas, a fim de tornar as organizações multilaterais mais responsivas, eficazes, transparentes e críveis.
O encontro serviu para os presentes analisarem assuntos relacionados com as reformas da Governação Global, das Nações Unidas, da Arquitetura Financeira Internacional e do sistema de comércio internacional.
À agenda da reunião consistiu no debate em torno do revigoramento do multilateralismo e da reforma das instituições de governança global.
Criadas nos anos 1940, as principais organizações internacionais reflectem um cenário que não existe mais.
Por isso, o grupo defendeu que estas instituições actualizem suas práticas e estruturas de governança, a fim de melhor representar a diversidade dos seus membros e enfrentar os graves desafios políticos, económicos e sociais da actualidade.FMA/ART