Kinshasa (Dos enviados especiais) – O Presidente da República, João Lourenço, deixou Kinshasa, a meio da tarde deste sábado, depois de testemunhar a investidura de Félix Tshisekedi, para um segundo mandato, no estádio dos Mártires abarrotado com mais de cem mil pessoas.
Na cerimónia, Félix Tshisekedi jurou fidelidade à pátria, o respeito a constituição e a lei, defender a independência, promover a unidade do povo congolês.
Incluiu no seu juramento a promoção do desenvolvimento e o bem estar das populações, a observância dos direitos humanos e promete ser um servidor do povo.
No seu primeiro discurso, Felix Tshisekedi se propõe trabalhar por uma RDC mais forte, mais unida e próspera, pela democracia e pelo progresso social.
Exortou a coesão nacional e o combate as forças desestabilizadoras e terroristas e à todas a formas de descriminação e divisão que prejudicam o desenvolvimento do país.
Félix Tshisekedi, que concorreu pelo partido União para a Democrática e Progresso Social (UDPS) foi reeleito, para mais cinco anos, nas eleições presidenciais de 20 de Dezembro passado, com 73,34% dos votos, segundo dados da Comissão Nacional Eleitoral Independente Congolesa (CENI).
Chegou ao poder em Janeiro de 2019 ao vencer as eleições de 30 de Janeiro de 2018, sucedendo a Joseph Kabila.
O pleito de 2018 é considerado histórico por ter sido a primeira vez na história do país, independente da Bélgica desde 1960, que ocorria a transição política pacífica, por meio de sufrágio direito e universal, ao contrário das anteriores por via de golpes de Estado ou por derrube do poder instituído.
O Estadista angolano, na qualidade de presidente CIRGL e da SADC tem prestado atenção especial as questões relacionadas com a estabilidade política e militar na RDC com iniciativas para pacificação da região leste e para a normalizar as relações com o vizinho Rwanda.
Conseguiu que os Presidentes congolês democrático e ruandês, Paul Kagame, resolvessem um contencioso fronteiriço entre Catuna e Gatuna.
João Lourenço mediou numa cimeira Tripartida entre Angola, a RDC e o Rwanda, a adopção do Roteiro para a Pacificação da Região Leste da RDC, acordo conhecido como Roteiro de L
uanda. JFS/VIC