Huambo – O comandante da Região Militar Centro, tenente-general Dinis Segunda Lucama, apelou hoje ao efectivo a revestir-se de fidelidade à Pátria, para que os jovens deixem de encarar a incorporação nas Forças Armadas Angolanas como “mero emprego”.
O oficial general falava na abertura do ano de instrução e preparação operativa, combativa e educativo-patriótica na Região Militar Centro, marcado com a demonstração de um exercício anti-terrorismo e a exposição de diversos meios e serviços da técnica castrense.
Segundo o tenente-general, os militares devem continuar a ser um exemplo de organização e disciplina, tal como muitos oficiais que, desde muito cedo, se comprometeram com o Estado e com a Nação para a salvaguarda da independência, da paz e da unidade nacional.
“Infelizmente, hoje olhamos para os jovens e percebemos logo que apenas pretendem incorporar nas Forças Armadas por falta de emprego ou ainda por que a inserção em determinadas instituições de ensino tornou-se difícil”, lamentou.
Nesta conformidade, alertou a sociedade e, principalmente, os jovens no sentido de encararem com responsabilidade o que é, de facto, servir o país, pois que o exercício militar exige, acima de tudo, fidelidade ao povo e ao Estado, visando a preservação da paz, da unidade nacional e das instituições democráticas.
Referiu que as Forças Armadas Angolanas, enquanto reserva a moral da sociedade, devem fazer mais e cada melhor, em termos de exemplos de fidelidade à Pátria.
O evento, prestigiado por oficiais generais, superiores, capitães e subalternos, para além de civis, decorreu no campo de tiro da 41ª Brigada de Infantaria Motorizada da 4ª divisão, em Sawilala, comuna da Chipipa, 24 quilómetros a Norte da cidade do Huambo.
Na ocasião, foram apresentadas técnicas diversas, desde a negociação com o grupo terrorista, neutralização, ataque, resgate das vítimas feitas reféns e dos soldados feridos, captura dos criminosos e recolha dos meios utilizados, numa acção que envolve as diversas especialidades da arte militar operativa.
O ano de instrução, a decorrer num período de 10 meses, visa organizar a preparação combativa, educativa-patriótica, bem como elevar a capacidade das grandes unidades e sub-unidades militares, adequando-as às exigências e aos futuros desafios, para poderem reprimir agressões externas.
Entre os objectivos da instrução constam o socorro à população, em casos de sinistros e calamidades naturais, para além de ensinar a comunidade castrense sobre o conhecimento das leis e regulamentos vigentes nas Forças Armadas Angolanas.
A instrução do efectivo visa, ainda, preparar a tropa no âmbito da manutenção da paz e segurança, face aos conflitos armados da região, em particular, e o mundo em geral, bem como preparar os Comandos e Estados-Maiores na cooperação com outras regiões, grandes e pequenas unidades para o aperfeiçoamento dos mecanismos de realização de missões conjuntas.
A Região Militar Centro, cujo quartel-general localiza-se na província do Huambo, compreende ainda as províncias de Benguela, Bié e Cuanza Sul.