Luanda - O Presidente da UNITA, Adalberto Costa Júnior, considerou, esta quarta-feira, fundamental o aumento do número de observadores eleitorais para a transparência e lisura das eleições de 24 de Agosto.
O líder da UNITA falava à imprensa, no final do encontro com o arcebispo do Lubango e presidente da Comissão Episcopal de Justiça Paz e Migrações da Conferência Episcopal de Angola e São Tomé (CEAST), Gabriel Mbilingue, que chefia a missão do Observatório Eleitoral Angolano para as Eleições Gerais.
Considerou fundamental a observação eleitoral, afirmando que, habitualmente, "o governo angolano retarda a confirmação da presença de observadores eleitorais nas eleições gerais".
Adalberto da Costa Júnior entende que os processos eleitorais no país não devem ser organizados de uma forma que considerou fechada, pelo facto de Angola fazer parte de várias organizações regionais e internacionais.
Para si, ao decidir-se um número limite de dois mil observadores num universo de cerca de 12 mil assembleias de voto e 25 mil mesas de voto que irão existir, em função dos números do registo eleitoral, "constitui uma agressão à transparência eleitoral".
Apelou à população para acorrer às assembleias de voto no dia 24 de Agosto para o exercer o seu direito de cidadania e à Comissão Nacional Eleitoral (CNE) para o cumprimento dos prazos em relação ao mapeamento, partilha do número de mesas e das assembleias de voto, entre outros pressupostos.
Segundo o líder da UNITA, a população deve encarar as eleições como uma festa da democracia e união entre os angolanos e não de contendas eleitorais.
O arcebispo do Lubango e presidente da Comissão Episcopal de Justiça Paz e Migrações da Conferência Episcopal de Angola e São Tomé (CEAST), Gabriel Mbilingue, augurou a transparência das eleições com a presença do maior número possível de observadores.
Com o líder da UNITA, o arcebispo do Lubango disse ter partilhado questões relativas ao processo eleitoral e da vida interna dessa formação política e sobre as responsabilidades da CNE em torno deste processo.
Há 48 dias das eleições gerais, disse que a CNE tem uma calendarização que obriga que os cadernos eleitorais sejam publicados no prazo de 45 dias antes da data limite, bem como credenciamento para os delegados de lista, que deve acontecer 10 dias antes da data do pleito.
Segundo o prelado, o processo eleitoral em si ainda tem algumas lacunas, que é necessário corrigir.
O encontro do arcebispo do Lubango e chefe da missão de Observatório do Observatório Eleitoral Angolano para as Eleições Gerais com a direcção da UNITA consumiu cerca de cinco horas.
Angola realiza a 24 de Agosto de 2022 (quarta-feira) as suas quintas eleições gerais, convocadas pelo Presidente da República, João Lourenço, que ficarão marcadas pela participação dos cidadãos angolanos residentes na diáspora.