Luau - O MPLA compromete-se a asfaltar as sedes de oito dos nove municípios da província do Moxico, no quinquénio (2022-2027), caso vença as eleições do dia 24 do corrente mês.
O compromisso foi assumido pelo primeiro secretário provincial desse partido, Gonçalves Muandumba, ao apresentar o programa de governação do MPLA, durante um acto político realizado no municipio do Luau, no quadro da campanha eleitoral.
Fez saber que esse projecto, enquadrado na asfaltagem da Estrada Nacional 250 (EN250), será implementado, numa primeira fase, nas sedes dos municípios “encravados” ao longo do Caminho-de-Ferro de Benguela (CFB), nomeadamente Léua, Cameia, Luacano e Luau.
A vila sede do Alto Zambeze (Cazombo), mais a leste da província, será igualmente asfaltada, segundo promessa de Gonçalves Muandumba.
Sobre o municipio do Luau, que dista a 352 quilómetros do Luena, sede provincial, disse que o programa de governação do MPLA prevê transformá-lo na principal zona económica do Moxico, proporcionando melhor ambiente de negócios nessa região com mais de 110 mil habitantes.
Disse que esse objectivo será concretizado com a construção, em curso, de uma Plataforma Logística na região, dentro de dois anos, que poderá movimentar mais de um milhão de toneladas de produtos diversos nos primeiros 10 anos de funcionamento.
O município do Luau alberga a última estação do Caminho-de-Ferro de Benguela (CFB), uma linha ferroviária transcontinental, que liga o litoral ao leste de Angola, e, daí, aos sistemas ferroviários da República Democrática do Congo (RDC) e da Zâmbia.
Através da ligação à Zâmbia, é possível chegar-se à cidade de Beira, em Moçambique, e a Dar es Salaam, na Tanzânia, junto ao oceano Índico. Também se encontra ligada indirectamente ao sistema ferroviário da África do Sul.
O Luau, segundo município mais populoso do Moxico (depois do Moxico-sede, com mais de 400 mil habitantes), possui ainda um aeroporto e a EN250, que está em paralelo à linha férrea, mas ainda por se asfaltar, faz parte do chamado “Corredor do Lobito”.
Para além dessa infra-estrutura económica, o político disse que o MPLA vai potenciar os jovens e as cooperativas agrícolas, com ferramentas de trabalho e plano de formações técnicas, para o fomento do auto-emprego e da actividade agrícola.
Disse que com esse programa o MPLA permitirá o combate das assimetrias regiões, pobreza e fome no país.
Muandumba defendeu a necessidade de se proteger o valor da paz, para permitir o desenvolvimento do país.
Para as eleições da próxima quarta-feira (24), para as quais concorrem MPLA, UNITA, PRS, FNLA, PHA, APN, P-NJANGO e a CASA-CE, estão registados 14 milhões e 399 mil eleitores, dos quais 22 mil 560 na diáspora, distribuídos por 12 países.
Este será o quinto sufrágio em Angola, depois dos de 1992, 2008, 2012 e 2017, todos ganhos pelo MPLA.