Huambo – A candidata do PHA a Presidente da República, Florbela Malaquias, prometeu hoje, domingo, no Huambo, oficializar as línguas nacionais (maternas) existentes em Angola, caso mereça a confiança dos eleitores nas urnas.
Angola, que tem o Português como língua oficial, conta com cerca de quarenta e duas nacionais, sendo o Umbundu, o Kimbundu, o Kicongo, o Tchokwe as mais abrangentes.
A líder partidária falava num comício inserido na campanha eleitoral do seu partido político, decorrido na cidade do Huambo, com a presença de militantes de Benguela, Bié, Cuando Cubango, Cunene, Cuanza Su, Huíla e Namibe.
Explicou que a oficialização das línguas nacionais visa torná-las património da humanidade, no quadro dos desafios da preservação e conservação da cultura e da identidade nacional.
Desta forma, acrescentou, os angolanos poderão, à semelhança do português, estudar e usar as línguas nativas, de forma oficial e de acordo com a sua região.
Ainda na vertente da preservação da cultura nacional, prometeu, igualmente, propor aos historiadores para reescreverem a “verdadeira história de Angola”, com o propósito de divulgar e guardar a memória dos angolanos.
“Um povo sem história é um povo desorientado, pelo que é imperioso que os angolanos saibam do seu verdadeiro passado", sustentou.
Florbela Malaquias disse que “alguns angolanos foram mortos inocentemente ao longo do conflito armado, porém sem qualquer expressão na história de Angola”.
Esses, segundo a cabeça-de-lista do PHA, precisam de ser lembrados, para a devida homenagem e, ao mesmo tempo, promover a unidade e a reconciliação nacionais.
Florbela Malaquias defendeu o pedido de perdão e a indemnização de todas as vítimas dos conflitos armados.
Disse que o seu partido entende este desafio como o melhor caminho para desenvolver o país.
Concorrem às eleições gerais de 24 de Agosto os partidos MPLA, UNITA, PRS, FNLA, PHA, APN, P-NJANGO e a coligação CASA-CE.
O pleito eleitoral de 24 de Agosto é o quinto no país, depois de 1992, 2008, 2012 e 2017.
Para tal, foram registados, em todo o país, um total de 14 milhões 399 mil eleitores, dos quais 22 mil 560 na diáspora, distribuídos por 12 países, sendo a primeira vez que os angolanos no exterior vão votar.
O sufrágio de 23 de Agosto de 2017 foi disputado por seis forças políticas e contou com a participação de 76,57 por cento dos cerca de 9,3 milhões de eleitores então registados.