Baku - (Da enviada especial)- A ministra do Ambiente, Ana Paula de Carvalho, defendeu, recentemente, a aceleração na entrega de fundos prometidos pela comunidade internacional para que os países em desenvolvimento invistam na acção climática.
Em declarações ao canal ONU News, em Nova Iorque, no quadro da 29ª Conferência sobre o clima, que o Azerbaijão acolhe a partir de segunda-feira, a ministra frisou que Angola teria maior desempenho se o financiamento fosse disponibilizado, para além da mudança de consciência.
Por isso, pediu o cumprimento dos objetivos estabelecidos conjuntamente para o sucesso da actuação global pelo clima.
Um dos focos principais da COP29 é a negociação em torno das novas metas colectivas de financiamento climático.
A cimeira também deverá abordar questões ligadas a aceleração da transição energética.
Em relação ao assunto, Ana Paula de Carvalho disse que Angola tem realçado a estratégia nacional de alterações climáticas e a aposta em energias limpas e sublinhou como os fundos locais tem sido usados de forma inovadora.
Sem revelar números, a governante frisou que poderia ser maior o potencial de desempenho com financiamento internacional às iniciativas como as da recém-criadas pela Direção Nacional de Educação Ambiental.
Além disso, referiu que muitos passos seriam dados com a mudança de consciência.
“Começamos agora o trabalho junto das igrejas, porque achamos que elas também têm um papel fundamental, tal com as crianças porque serão os adultos do amanhã”, frisou.
Fez ainda referência a Estratégia Nacional de Educação Ambiental, criada por decreto presidencial.
A governante disse ainda que o país tem uma política virada para os vectores da mitigação e da adaptação.
Informou que Angola já vive os efeitos das alterações climáticas, sobretudo no sul.
Para reverter o quadro, avançou que Angola tem estado a executar projectos para levar, principalmente água, àquelas populações que há muitos anos tinham dificuldades do produto e, por sinal, acabavam sendo nómadas.
Referiu que o país trabalha para diminuir o efeito de gás estufa.FMA/ART