Tiblisi - Dezenas de milhares de georgianos saíram esta sexta-feira às ruas para celebrar a concessão ao país do estatuto de Estado candidato à adesão à União Europeia (UE), decisão anunciada na quinta-feira pelo Conselho Europeu em Bruxelas.
O primeiro-ministro georgiano, Irakli Garibashvili, dirigiu-se aos manifestantes, que empunhavam bandeiras da Geórgia e da UE na Praça da Liberdade, em Tiblissi, juntando-se ao coro dos que gritavam "Europa, Europa, Europa!".
"Alcançámos uma vitória histórica. Nós, o Governo e o povo, lutámos e trabalhámos arduamente para alcançá-la. Merecemo-la", afirmou.
Garibashvili reconheceu que o caminho "foi difícil", já que foi sempre salpicado por "muitos inimigos internos e externos", mas ficou satisfeito por Tbilissi nunca ter "tido de se ajoelhar" para atingir o seu objectivo.
"O principal é que evitámos a guerra, mantivemos a paz, defendemos o nosso país, reforçámos a independência e a soberania da Geórgia. A partir de hoje somos um país europeu. Obrigado aos nossos amigos na Europa e na América, que apoiaram esta decisão histórica e justa", sublinhou.
O primeiro-ministro elogiou ainda o embaixador da UE em Tbilissi, Pawel Herczynski, que recomendou aos políticos georgianos que começassem a trabalhar e a realizar rapidamente reformas.
Lembrando que no brasão da Geórgia figura a frase "A força está na unidade", Irakli Garibashvili apelou a todos os georgianos para que se unam na prossecução do objectivo comum, numa clara alusão ao Governo e à oposição, que têm estado em desacordo.
Uma demonstração de que o país está longe de estar unido é que o Governo não convidou para o evento a Presidente, a pró-europeia Salomé Zurabishvili, a quem recentemente tentou destituir no parlamento.
No entanto, Zurabishvili foi à praça para celebrar com os seus concidadãos "o importante passo em direcção à Europa".MOY/DSC