Riade - A Arábia Saudita executou hoje 81 prisioneiros, condenados por diversos crimes, incluindo assassinos e membros de grupos militares, na maior execução em massa na história moderna do país.
O anúncio foi feito através da agência estatal de notícias SPA, referindo que no grupo de executados estavam "condenados por vários crimes, incluindo assassinos de homens, mulheres e crianças inocentes", e também membros da Al-Qaeda, do grupo Estado Islâmico e apoiantes dos rebeldes 'Houthis' do Iémen.
O número total de condenados à morte superou o da execução em massa dos condenados pelo cerco à Grande Mesquita de Meca por opositores da família saudita, pelo qual 63 pessoas foram decapitadas em Janeiro de 1980.
"Os acusados tiveram direito a um advogado e foram garantidos todos os seus direitos segundo a lei saudita durante o processo judicial, que os considerou culpados de cometer vários crimes hediondos que mataram um grande número de civis e polícias", segundo a agência de imprensa saudita.
"O reino continuará a adoptar uma postura estrita e inabalável contra o terrorismo e as ideologias extremistas que ameaçam a estabilidade do mundo inteiro", acrescenta.
Em Janeiro de 2016, a Arábia Saudita executou 47 pessoas, incluindo um proeminente clérigo da oposição xiita que havia mobilizado manifestações no reino.
Em 2019, o reino decapitou 37 cidadãos sauditas, a maioria deles da minoria xiita, numa execução que decorreu por todo o país devido a alegados crimes relacionados com o terrorismo.