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Antigo MNE da China demite-se de delegado na Assembleia Nacional Popular

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  • Luanda • Terça, 27 Fevereiro de 2024 | 17h36

Beijing - O antigo ministro dos Negócios Estrangeiros da China, Qin Gang, que deixou de aparecer em público em Junho passado, abdicou da sua posição como delegado no órgão máximo legislativo da China, informou hoje a imprensa local.

Qin foi demitido do cargo de ministro dos Negócios Estrangeiros em Julho, numa das maiores surpresas políticas dos últimos anos no país asiático.

O antigo ministro, de 57 anos, esteve no cargo apenas sete meses antes de desaparecer da vista do público em Junho passado. Um mês depois, o governo anunciou a sua demissão do cargo.

Qin foi substituído no cargo de ministro dos Negócios Estrangeiros pelo seu antecessor, Wang Yi.

Segundo um aviso do Comité Permanente da Assembleia Nacional Popular (órgão legislativo), a Assembleia Municipal do Povo de Tianjin aceitou a demissão de Qin como delegado à próxima sessão parlamentar anual.

Nos portais oficiais, Qin já não consta da lista de membros do Conselho de Estado (Executivo), mas não se sabe se foi excluído do Partido Comunista da China (PCC).

O seu desaparecimento ocorreu durante uma série de demissões nos escalões superiores do PCC, que incluíram o antigo ministro da Defesa Li Shangfu e outros oficiais militares de topo.

Os sinais de fricção política aberta são extremamente raros na China, especialmente desde que o Presidente Xi Jinping reforçou o seu controlo sobre a política do país, em parte através de uma campanha anticorrupção que expurgou muitos dos seus presumíveis rivais.

Acredita-se que as demissões de Qin e Li fazem parte de um esforço mais alargado para reduzir as vulnerabilidades de segurança no contexto da crescente rivalidade da China com os Estados Unidos e os seus aliados.

A Assembleia Nacional Popular, o parlamento chinês, deverá realizar a sua sessão anual no início de Março e deverá centrar-se na economia do país, que se encontra em dificuldades.

A economia chinesa registou uma expansão de 5,2% no ano passado, mas prevê-se que abrande acentuadamente este ano, atolada por uma crise imobiliária, um elevado desemprego juvenil e uma enorme dívida pública local. JM



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