Ondjiva – As obras da barragem da Cova do Leão, em curso no município da Cahama, província do Cunene, estão a 16 por cento de execução física, informou, esta segunda-feira, o director-geral do Gabinete para a Administração das Bacias Hidrográficas do Cunene, Cubango e Cuvelai, Carolino Mendes.
Actualmente, decorrem trabalhos em torno da albufeira, desvio do canal, lançamento da conduta principal de 98 quilómetros, para beneficiar as populações dos municípios da Cahama e Curoca, os mais afectados pela seca no Cunene.
O responsável falava à margem de uma visita ao projecto, tendo referido que após a conclusão dos lotes 8 e 9 serão mobilizados os equipamentos para o local no sentido de se dar maior dinâmica na execução do projecto, com previsão de término em finais de 2026.
Explicou que em termos financeiros estão com um ligeiro atraso, mas têm garantia das instituições que velam por esta componente que a situação será melhorada.
Segundo Carolino Mendes, está-se a trabalhar num plano de retirada das populações nos arredores da albufeira, para as zonas mais seguras, com apoio da administração municipal da Cahama.
Por seu turno, o vice-governador para os serviços técnicos e infra-estruturas do Cunene, António Matias, destacou o impacto que os projectos estruturantes de combate à seca proporcionarão às comunidades como o abastecimento de água à população, ao gado e a prática da agricultura.
Consignado em Julho de 2022, o projecto enquadra-se no Programa de Combate aos Efeitos da Seca no Sul de Angola (PCESSA).
A barragem terá um volume útil estimado em 30,1 milhões de metros cúbicos, 17 metros de altura, quatro de largura e 700 metros de comprimento.
O programa prevê abastecer cerca de 240 mil pessoas e mais de 30 mil cabeças de gado, bem como 17 mil ligações domiciliares. Vai ainda atender mais de 250 chafarizes, a irrigação de uma área aproximada de 75 hectares e garantir 1.400 empregos directos. PEM/LHE/VC