Dundo - O ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, Diamantino de Azevedo, trabalha hoje, na Lunda Norte, onde inaugura a sede da Fundação Brilhante, da Endiama Mining e da mina do Furi, no âmbito das comemorações do Dia do Mineiro, a assinalar-se a 27 do corrente mês.
A sua chegada no aeroporto de Kamaquenzo, o governante foi recebido pelo governador da Lunda Norte, Ernesto Muangala, com quem manteve um encontro de cortesia, para abordar alguns assuntos ligados ao seu sector.
Durante a jornada comemorativa do Dia do Mineiro, o ministro vai igualmente testemunhar a inauguração de uma escola de 12 salas de aulas em Fucauma, município de Cambulo, construída pela Endiama.
Faz parte da delegação do ministro, o secretário de estado para os Recursos Minerais, Jânio Correia Victor, que vai deslocar-se ao município do Cuango, para inaugurar vários empreendimentos sociais.
A agenda do ministro Diamantino de Azevedo reserva uma deslocação, por terra, à cidade de Saurimo, província da Lunda Sul, na quinta-feira, onde vai inaugurar a delegação da Fundação Brilhante.
O Dia Nacional do Trabalhador Mineiro foi instituído pela Resolução n° 6/85 de 15 de Abril, do então Conselho de Defesa e Segurança, em reconhecimento ao papel dos trabalhadores do sector na transformação do potencial mineiro angolano em riqueza real.
A história das actividades de prospeção e exploração de diamantes em Angola remonta a 1912 e 1917, altura em que foram descobertas as primeiras sete pedras no rio Tchiumbwe, a nordeste do município de Cambulo, província da Lunda Norte, por Johnston e Mac Vey, em Novembro de 1912, no ribeiro Mussalala, afluente do Rio Chiumbe, perto da fronteira com República Democrática do Congo (RDC), dando lugar à constituição da Companhia de Pesquisas Mineiras de Angola (PEMA).
Os direitos da companhia, constituída para fazer pesquisas, prospecção e exploração de diamantes, foram transferidos para a Companhia de Diamantes de Angola (Diamang), cinco anos depois.
Em 1977, o Estado nacionalizou a Diamang e, em Janeiro de 1981, criou a Empresa Nacional de Diamantes de Angola (Endiama), com a missão de gerir o "cluster" diamantífero angolano, realizar prospecção, pesquisa, reconhecimento, exploração, lapidação e comercialização dos diamantes.
Actualmente, a Endiama controla 12 minas em funcionamento, divididas entre grandes e pequenos projectos, nove dos quais são aluviões e três kimberlitos.
Os diamantes representam, a par do petróleo, uma das principais fontes de receitas do Orçamento Geral do Estado, sendo que a sua exploração provém, em maioria (98 por cento), de depósitos de kimberlitos.