Luanda – A ministra de Estado para Área Social, Maria de Rosário Bragança, reiterou esta terça-feira, em Luanda, o compromisso do Executivo angolano na aposta de estímulo e fomento da produção nacional, para garantir segurança alimentar no país.
Ao presidir o acto de abertura da Feira Internacional de Luanda (FILDA 2024), que decorre até ao dia 28 deste mês, na Zona Económica Especial (ZEE), a governante sublinhou que o Executivo angolano tem uma grande confiança e deposita esperança no papel do sector privado, por acreditar que o país só terá uma economia forte e competitiva, com uma classe empresarial forte.
Destacou o Programa de Apoio à Produção, Diversificação das Exportações e Substituição das Importações (PRODESI), realçando que o mesmo vai continuar a trilhar o seu caminho, com o objectivo de aumentar a oferta de bens essenciais e de amplo consumo, diversificar o leque de produtos de exportação, garantir maior arrecadação de divisas, bem como aumentar a oferta de postos de bens essenciais.
O país, disse, tem potencial para se tornar um exportador de excelência, na medida em que possui mais de 50 milhões de hectares de terras aráveis, mais de 5% das reservas mundiais de água doce, clima ideal para o agro-negócio, uma economia azul e vários portos de mar e caminhos-de-ferro que garantem o rápido escoamento e exportação da sua produção.
Acrescentou ainda que a recente abertura do novo aeroporto Dr. António Neto, com todo o seu potencial instalado, demonstra efectivamente o compromisso do Executivo em construir uma Angola próspera.
Desde o início das reformas económicas, em 2018, recordou, o país tem trabalhado continuamente para estabelecer as bases de um crescimento económico mais sustentável, que permitiram o país superar um ciclo recessivo e melhorar o ambiente de negócios.
Com essa dinamização, referiu, espera-se captar mais investimentos na produção de alimentos como de cereais, açúcar, no sector da pecuária, pescas, dentre outros, relevantes da economia e que possam criar empregos para os jovens.
Adiantou que o Executivo angolano, na condição de agente facilitador dessa interacção, procura assegurar que as reformas políticas e económicas possam influenciar positivamente o reforço de parcerias na economia real e a captação de maior volume de investimentos.
Segundo Maria do Rosário Bragança, a segurança alimentar tornou-se uma preocupação não apenas em Angola, mas em todo o continente africano, onde o peso dos alimentos na estrutura das despesas é elevado, sobretudo pela dependência da sua importação, devido aos impactos da instabilidade territorial e das alterações climáticas.
Com isso, adiantou, a segurança alimentar e da parceria internacional revela-se como um factor de diversificação económica, fomentando a inovação, a resiliência e a competitividade.
Disse que a FILDA constitui a principal bolsa de negócios do país, que se afigura como instrumento de atracção de investidores, financiadores, empresários e consumidores numa perspectiva de ampliação dos propósitos de intercâmbio comercial, identificação e fomento de oportunidade de negócios.
A FILDA 2024 decorre até ao próximo domingo (28), sob o lema "Segurança alimentar e parceria internacional: O binómio da diversificação económica", numa organização conjunta Ministério da Indústria e Comércio e o grupo Eventos Arena.
O evento propicia o desenvolvimento de negócios e parcerias comerciais entre agentes económicos nacionais e internacionais, devendo promover o debate virado ao incentivo e fomento da produção nacional.
O certame tem programada a abordagem de temas actuais que permitirão agregar valo à dinâmica de percepção da realidade, desafios e oportunidades da angro-indústria, as cadeias de logística e certificação, instrumentos financeiros de apoio ao investimento, turismo e a promoção da cultura de qualidade para o fomento e a internacionalização da produção nacional. ASS/QCB