Ondjiva - A Câmara de Comércio e Indústria de Angola, pretende nos próximos meses, aumentar o fluxo de negócios nos postos fronteiriços de Santa Clara e Katuitui, nas províncias do Cunene e Cuando Cubango, entre Angola e a República da Namíbia.
A informação foi prestada esta quinta-feira, à ANGOP, pelo presidente da Câmara de Comércio e Indústria de Angola, Vicente Soares, em visita de trabalho de dois dias ao Cunene, no quadro da preparação para a realização do Fórum Empresarial Angola/Namíbia, previsto para Abril.
Explicou que vão trabalhar este período nas zonas de Santa Clara e Katuitui, para avaliar o volume de negócios nesses pontos, os constrangimentos no seio dos empresários e interagir com a AGT.
De igual modo, recolharão de propostas alternativas para harmonizar e ultrapassar as dificuldades.
Disse que o objectivo é dinamizar as relações económicas com o país vizinho, no sentido de permitir o crescimento do comércio no sector privado, em função do encontro que decorreu em Luanda, em Fevereiro, que terminou com a criação do Fórum de Negócios Angola-Namíbia.
Fez saber que o volume de negócio entre ambos os países não é alto, mas reconhece-se que na fronteira passa muito negócio não registado, tendo em conta a extensão terrestre.
Informou que o encontro entre as duas câmaras surge precisamente para dar uma força maior, contribuir para melhor organização, colheita de informações e tirar o maior proveito das relações económicas.
Considerou positivo as políticas do Executivo direccionadas aos empresários através de vários financiamentos de créditos, destacando o Programa de Apoio à Produção, Diversificação das Exportações e Substituição das Importações (Prodesi) e outros.
“Os empresários têm muita vontade de trabalhar para a diversificação da economia. Esperamos, com a subida do preço do petróleo, um no apoio às iniciativas da classe para elevarem o crescimento económico e tornar o país mais sustentável”, afirmou.
Por outro lado, destacou a criação da Reserva Alimentar Estratégica (REA), que veio equilibrar o mercado, permitindo que os produtos da cesta básica chegassem a preços competitivos e possam satisfazer a população que tem menos capacidade de compra.
O presidente da câmara aproveitou para visitar as obras do Centro do Mercado Abastecedor de Oshomukuio, em Ondjiva, que se encontra paralisado desde 2016.
Vicente Soares sublinhou que se precisa de espaço para o armazenamento dos produtos, daí a constatação para se saber do estado actual de conservação, e ter-se a ideia de apresentar uma solução viável ao Ministério do Comércio, para o melhor aproveitamento da infra-estrutura.
A Câmara de Comércio e Indústria de Angola controla actualmente 812 empresas, incluindo as associações empresariais.