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Ambientalista pede fim de queimadas anárquicas no Cunene

     Ambiente              
  • Cunene • Segunda, 03 Junho de 2024 | 21h18
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Sacos de carvão resultantes das queimadas florestais
Sacos de carvão resultantes das queimadas florestais
Pedro João - ANGOP
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Chefe de Departamento do Ambiente no Cunene, Tchingongo Contreiras
Chefe de Departamento do Ambiente no Cunene, Tchingongo Contreiras
Fabiana Hitalukua-ANGOP

Ondjiva - O chefe do Departamento do Ambiente na província do Cunene, Tchingongo Contreiras, advertiu, esta segunda-feira, as comunidades locais contra a prática de queimadas anárquicas, com vista à salvaguarda do ecossistema.

Em declarações à ANGOP, Tchingongo Contreiras, disse ser frequente, nesta época de cacimbo, a prática de queimadas sem controlo, que acabam em incêndios florestais com particular realce para os municípios da Cahama, do Cuvelai, do Cuanhama e da Ombadja.

Fez saber que a sua instituição registou, no primeiro trimestre, 50 hectares de área devastada, sublinhando serem indeterminados os espaços exactos na medida em que as queimadas são feitas em diversas localidades.

Apontou como principais responsáveis pelas queimadas anárquicas cidadãos das zonas rurais, onde os camponeses ateiam fogo nas florestas para a abertura de novos campos agrícolas, bem como produtores de carvão, pastores de gado e caçadores furtivos, que têm usado este método para prenderem os animais selvagens.

Citou ainda as práticas culturais da população, com vista à ocupação de terra, para erguer quimbos (residências), lavras agrícolas, caça e colheita de mel, e outros incidentes originados por descargas atmosféricas como as  principais causas das queimadas.

Advertiu que as queimadas por excesso acabam por degradar a biodiversidade, constituindo-se num dos problemas actuais que o mundo enfrenta, facto que exige a colaboração de todos na consciencialização das comunidades.

 “Queremos produzir sim, mas é necessário que controlemos estas acções de agressão deliberada à natureza", disse.

Lembrou que os incêndios trazem implicações negativas ao ambiente, como a degradação dos solos, o empobrecimento dos microrganismos, o desaparecimento de animais e diferentes espécies vegetais,

Tchingongo Contreiras esclareceu que os incêndios florestais têm como principais consequências o empobrecimento dos solos agrícolas, a destruição da fauna e flora, a desertificação, o aquecimento global e vários outros efeitos negativos na vida do homem.

Para as zonas urbanas, disse que as mesmas prejudicam bens públicos como postes de iluminação e de comunicação, a qualidade do ar, assim como provocam danos à saúde humana com doenças do foro respiratório, conjuntivite e doenças da pele.

A 5 de Julho, celebra-se o Dia Mundial do Ambiente, instituído pela Organização das Nações Unidas (ONU), em 1972.

A data tem por objectivo chamar a atenção de todas as esferas da população para os problemas ambientais e para a importância da preservação dos recursos naturais.FI/LHE/IZ





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