Bruxelas - A União Europeia (UE) anunciou quinta-feira uma ajuda de 24 milhões de euros ao Mali para reforçar as suas capacidades militares, mas poderá ser "suspensa" se a junta no poder não respeitar as condições de utilização dos fundos, noticiou a Lusa.
A junta governamental do Mali ameaça utilizar os serviços do grupo russo Wagner, uma empresa privada suspeita de ser próxima do Presidente Vladimir Putin.
A França avisou Moscovo que o destacamento de mercenários russos na faixa do Sahel-Sahara seria "inaceitável".
A UE anunciou, em meados de Novembro, que estava a preparar sanções contra o grupo mercenário.
O apoio de 24 milhões de euros destina-se a ajudar a "reforçar as capacidades das forças armadas do Mali para lhes permitir realizar operações militares destinadas a restaurar a integridade territorial do país e reduzir a ameaça representada pelos grupos terroristas", declarou o Conselho da UE.
"A UE prosseguirá a profissionalização das forças armadas do Mali em três áreas principais: apoio à Academia de Oficiais que ainda não exerceram comissões, em Banankoro, a renovação das infra-estruturas de formação em Sévaré Mopti e o fornecimento de equipamento às unidades apoiadas pelas forças armadas do Mali", segundo a declaração, citada pela agência France-Presse.
"A medida de ajuda poderá ser suspensa se as condições para a sua correcta implementação não forem preenchidas", disse o órgão dos Estados-membros da UE.
Esta ajuda foi solicitada pelas autoridades do Mali e aprovada no âmbito do Mecanismo Europeu de Apoio à Paz (EPF).
Criada em Março de 2021, a iniciativa permite o financiamento de acções externas da UE com implicações militares ou de defesa, com o objectivo de prevenir conflitos, preservar a paz e reforçar a segurança e estabilidade internacionais. Esta ajuda permite a entrega de armamento.