Nações Unidas - A Agência das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) busca hoje uma solução sustentável para os mais de 3,7 milhões de deslocados na Nigéria, considerada pela organização como uma crise esquecida.
As pessoas que permanecem no país depois de deixarem as suas casas representam mais de três por cento dos 120 milhões de pessoas deslocadas à força no mundo, afirmou o ACNUR num comunicado recente, citado pela Prensa Latina.
Entre outros factores, a agência reconhece causas como conflitos causados por grupos armados não estatais até confrontos intercomunitários exacerbados pela escassez de recursos na região africana.
O número de pessoas deslocadas internamente está a aumentar gradualmente e muitas continuam altamente dependentes da ajuda humanitária, afirmou a Agência.
Após uma recente visita ao país, o Alto Comissário Adjunto para as Operações do ACNUR, Raouf Mazou, e o seu homólogo para a Protecção, Ruven Menikdiwela, comprometeram-se a aumentar a auto-suficiência das pessoas deslocadas à força e a apoiar o Governo.
Desta forma, a Agência apoiará as comunidades no regresso ao trabalho, garantirá o seu acesso aos serviços governamentais, incluindo programas de redes de segurança social, e estabelecerá instrumentos financeiros para incentivar investimentos em comunidades em risco.
Também ajudará a cultivar milhares de hectares de terra, a desenvolver sistemas de irrigação, a garantir a segurança alimentar e a aumentar o emprego rural.
O ACNUR reconheceu o compromisso do Governo da Nigéria, uma nação que acolhe mais de 100 mil requerentes de asilo e refugiados de quase 50 países. JM