Benguela – As empresas Transpacífico, Transpinto e Engesab deram início hoje, terça-feira, ao processo de transportação de pessoas e bens desde a cidade de Benguela para os municípios do interior da província, soube a ANGOP.
Trata-se das rotas Benguela-Ganda-Benguela, Benguela-Chongoroi-Benguela e Benguela-Balombo-Benguela.
Os autocarros terão como ponto de partida, às 5h00, o Largo das Escolas, nos arredores da cidade de Benguela, e a viagem de regresso está agendada para as 15h30.
Segundo a directora do Gabinete Provincial de Transportes e Mobilidade Urbana, Cátia Cachuco, ao abrir-se essas novas rotas, pretende-se proporcionar melhorias na mobilidade, acomodação e segurança dos cidadãos.
A responsável informou que cada passageiro vai desembolsar 2.200 kwanzas se for até ao término, em qualquer uma dessas rotas. "Os utentes que ficarem ao logo do trajecto pagam menos e isso já está regulamentado", reforçou.
Já o vice-governador para o sector Técnico e Infra-estruturas, Adilson Gonçalves, considerou a ocasião como "um marco" a nível dos transportes públicos para o interior da província de Benguela.
Adilson Gonçalves disse que o Governo lançou este desafio às operadoras e elas abraçaram-no.
“Vamos continuar a trabalhar junto do Governo central e do Ministério dos Transportes, para continuarmos a nos beneficiar desses meios, visando reforçar a província com novos autocarros", prometeu.
Por sua vez, o director-geral da empresa Engesab, Miguel Arcanjo, disse que é uma inovação louvável, uma vez que ainda existe dificuldade de transportação de pessoas e bens para os municípios do interior de Benguela e vice-versa.
"Antes, os autocarros estavam confinados ao litoral. Temos agora um grande desafio e oportunidade de explorar a rota Benguela-Catengue-Caimbambo-Cubal-Ganda", referiu.
Na mesma senda, manifestou expectativa para o cumprimento dos objectivos, mediante um preço mais justo para população.
Para o director-geral do grupo Transpinto, Octávio Pinto, Benguela está a fazer um excelente trabalho, pois a mobilidade dos cidadãos tem sido muito difícil e, no meio disso tudo, aparecem "os especuladores que aproveitam da falta de meios e exploram as populações".
"Espero que haja passageiros, pois a viagem é segura, com motoristas preparados que dão mais garantias porque vamos andar numa velocidade de 80 quilómetros por hora e as rotas podem ser alteradas dependendo da procura", disse.
Entretanto, o empresário mostrou-se preocupado com a vandalização dos meios. "Já fomos vandalizados e ninguém é responsabilizado. São meios caros, adquiridos pelo Governo e que devem durar 10 anos", acrescentou.
O Regedor da Catumbela, Luís Acandeja, considera "bem-vindo" este projecto do Governo, pedindo aos munícipes que cuidem bem dos autocarros para durarem mais tempo.
O Governo Provincial de Benguela entregou nos últimos dias 18 novos autocarros para operadores locais que vão actuar nos municípios da Catumbela, Lobito, Bocoio, Benguela, Caimbambo, Cubal, Ganda e Chongoroi. CRB