Luanda – O ministro das Telecomunicações, Tecnologias de Informação e Comunicação Social, Mário Oliveira, recomendou ao novo conselho de administração da Radiodifusão Nacional de Angola (RNA) a primar pela reestruturação administrativa financeira da empresa, de modo a obter autonomia e garantir melhoria das condições de trabalho.
O governante falava nesta sexta-feira, em Luanda, durante a cerimónia de empossamento do conselho de administração da RNA, na sequência da recente nomeação pelo Presidente da República, João Lourenço.
O novo conselho tem como presidente Pedro Bernardo Neto, em substituição de Pedro Afonso Cabral, que cessa funções.
Mário Oliveira pediu um olhar especial a gestão financeira da rádio difusão, para a sustentabilidade desta empresa pública.
Recomendou ainda a modernização dos equipamentos e maior actuação nas redes sociais, para resgatar a referência que a rádio sempre teve no mundo da comunicação no país, proporcionando um maior alcance da informação em todo o território nacional e na diáspora.
“A Rádio Nacional de Angola tem um histórico de sucesso e grande referência de informação no nosso país”, frisou.
O ministro pediu, também, união entre os trabalhadores para garantirem o sucesso no trabalho projectado.
“Unir o país é estar em todo o lado, com todos de mãos dadas. Todos nós, membros desta família Rádio Nacional, devemos contribuir com o saber para atingir este desiderato”, argumentou.
O novo conselho de administração tem como administradores executivos Pedro Ivo de Almeida Guimarães (Área Técnica), Cristina da Costa Nobre (Administração e Finanças), Estanislau Baptista Garcia (Conteúdos), António Sebastião Lino (Marketing e Intercâmbio).
Alexandre da Silva Africano Neto e Mendes Paulo Jacinto integram o conselho como administradores não executivos.
Durante a cerimónia de posse, Pedro Bernardo Neto disse que vai apostar no capital humano para responder os novos desafios, com destaque para a modernização deste órgão de comunicação social.
Segundo o presidente do conselho, o problema da mobilidade dos trabalhadores, da segurança social e da saúde também consta da agenda do mandato que inicia.
“As empresas de comunicação social vivem basicamente de publicidade, mas há outros negócios que podem ser trazidos para a empresa”, ressaltou.
A 5 de Outubro de 1977, o primeiro Presidente de Angola, António Agostinho Neto, visitou às instalações da RNA. Um ano depois, em assembleia, os trabalhadores aprovaram uma moção que instituía a data da visita como Dia da Rádio Nacional de Angola.
A 23 de Setembro de 2010, o Governo de Angola aprovou o estatuto da emissora e transforma a Radiodifusão Nacional de Angola em Empresa Pública, abreviadamente designada “RNA-E.P.”.
A RNA-E.P. congrega cinco canais nacionais, sendo três generalistas e dois de especialidade, 18 rádios provinciais, duas rádios regionais e 26 rádios municipais. Emite programas em português, inglês, francês, lingala e em 14 línguas nacionais. MEL/OHA