Cuito - Uma média de duas a três campas são vandalizadas por semana no cemitério municipal do Cuito, província do Bié, por elementos não identificados, na ânsia de obterem mármores e material ferroso para fins comerciais.
O facto foi confirmado hoje, sábado, em declarações à ANGOP, por um dos coveiros do referido cemitério, Evaristo Chalale, que falava por ocasião do 02 de Novembro, Dia dos Finados.
De acordo com a fonte, nas campas são retirados mármores que têm como destino o mecardo informal de construção civil, e ferros, com destaque para as cruzes e placas de identificação, encaminhados para as casas de pesagem.
Explicou que a falta de segurança, sobretudo no periodo noturno e a não construção de uma das partes do muro caido em tempo, tem facilitado o acesso dos meliantes.
Acrescentou que, para além das campas, os meliantes, que praticam as suas acção preferencialmente a noite, têm vandalizado igualmente as obras da capela, onde já retiraram a maioria das telhas, as portas e janelas.
Evaristo Chalale disse, po outro lado, ser preocupante a invasão por parte de jovens que fazem do cemitério o espaço privilegiado para o consumo de drogas, álcool e a prática da prostituição, em plena luz do sol.
Por conta disso, solicitou a administração municipal no sentido de resolver o mais rápido possível a situação da segurança, a reposição do muro, tendo, por outro lado, solicitado a melhoria das condições de trabalho, como a disponibilização de botas, luvas, máscaras, a garantia da vacina contra tétano, para além da retoma do pagamento das horas extras.
Ainda por ocasião da data, foi celebrada no cemitério municipal a habitual missa em memória aos defuntos, presidida pelo dispo do Bié, Dom Vicente Sanombo, que apelou a sociedade para um maior respeito e valorização destes locais. VKY/PLB