Lubango – O académico, Carlos Calongo, alertou hoje, sexta-feira, no Lubango, província da Huíla, os jornalistas a estar atentos às manobras de manipulação, para evitar noticiar inverdades no período pré e eleitoral.
Dissertando numa palstre sobre “A Liberdade de Imprensa à Luz do Código Penal”, promovida pela Entidade Reguladora da Comunicação em Angola (ERCA) e o Gabinete da Comunicação Social da Huíla, o também jornalista do Jornal de Angola ressaltou que, neste período, “há todo tipo de jogadas políticas, algumas serão aceites e muitos jornalistas serão tentados, mas devem resistir para o bem da verdade e da democracia”.
“Vão ser tentados a aceitar essas pressões, maculando os princípios básicos do jornalismo, assente no rigor e na isenção, pelo que devem saber discernir factos da propaganda, para ajudar a fazer das eleições uma festa do Estado democrático e de direito”, sublinhou.
Carlos Calongo apelou os jornalistas a transformar os acontecimentos em notícia, cumprindo o postulado académico, técnico e científico, pois o papel da comunicação social é crucial, já que as sociedades crescem quando evoluem os meios de comunicação.
Por outro lado, questionado a comentar o debate sobre a despenalização do jornalista, Calongo disse não ser apologista dessa linha pensamento, porquanto todos os cidadãos são iguais perante à lei.
De entre as infracções frequentes em tablóides nacionais, o jornalista apontou a divulgação de informações por via, sobretudo, de jornais privados, onde “muita é maltratada e ferida, sem que os jornalistas sejam responsabilizados, nos termos da lei”.
A injúria, calúnia e difamação são algumas das infracções que o docente apontou serem frequentes.
À palestra estiveram presentes jornalistas e estudantes de comunicação social de universidade privadas do Lubango.