Lubango - Duzentos e sete técnicos censitários das 18 províncias do país, estão desde hoje, segunda-feira, na cidade do Lubango, província da Huíla, a participar da principal acção formativa geral do Inquérito de Indicadores Múltiplos e de Saúde (IIMS)-2023, para aferir o desenvolvimento do sector no país.
O IIMS é combinação do quinto inquérito de Indicadores Múltiplos de Saúde (MICS V), combinado com o segundo Inquérito Demográfico e de Saúde (IDS II) e será realizado em todo território nacional.
O evento é uma realização do Instituto Nacional de Estatística (INE), em parceria com o Ministério da Saúde (MINSA) e conta com apoios do Banco Mundial, FNUAP, UNICEF, USAID e Consultoria Nacional da empresa americana ICF.
Trata-se do segundo inquérito que será realizado depois do primeiro de 2015 aos agregados familiares e em Angola, mas desta vez inclui a recolha de amostras de sangue, para medir a prevalência de Anemia, Malária e de VIH, assim como o primeiro a medir a constância da Hepatite B.
O Inquérito tem, entre outros objectivos, fornecer à nível nacional e internacional dados comparáveis de informação sócio-demográfica, oportuna e fiável sobre a saúde, mortalidades, fecundidade, nutrição, prevalência de VIH SIDA, malária e monitorar o processo realizado no âmbito dos Objectivos de Desenvolvimento de Saúde, para medir o crescimento do país neste sector.
As informações serão recolhidas numa amostra representativa ao nível nacional, provincial e por área de residência urbana e rural de 630 conglomerados seleccionados, sendo que em cada conglomerado serão escolhidos 26 agregados familiares, totalizando a nível nacional de 16 mil e 380 famílias.
A actividade com previsão de ser realizada de Julho a Novembro do ano em curso será desenvolvida por 81 inquiridores, 42 técnicos de saúde, 21 cartógrafos, iguais números de supervisores e motoristas.
O projecto será liderado pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), contará com técnicos do INE, do Ministério da Saúde e o Comité de Ética.
Falando na abertura da acção formativa, de 35 dias, o director-geral do INEA, José Calengi, realçou que a instituição, na qualidade de órgão coordenador do Sistema Estatístico Nacional, está sempre atenta às necessidades que o quadro de desenvolvimento estatístico apresenta.
Fez saber que é com esta e outras actividades estatísticas que o Executivo terá a informação crucial para a criação de políticas de desenvolvimento económico e social mais ajustadas e direccionadas à realidade actual do País.
“Agir sem conhecimento representa quase sempre um esforço inglório e um desperdício de recursos humanos e financeiros, situação que em qualquer circunstância deve-se evitar”, aludiu.
Por sua vez, a representante da Ministra da Saúde, Sílvia Lutucuta, Lúcia Furtado, realçou não ser tarefa simples, tendo em vista a alta complexidade que envolve indivíduos e famílias inseridas em contextos diversos, onde é imprescindível realizar abordagens que considerem os aspectos sociais.
“O IIMS é reconhecido em materiais de pesquisa populacional e de Saúde em países em via de desenvolvimento, onde se faz uso das melhores e credíveis técnicas, reconhecendo a procedimentos de recolha de dados fiáveis, com mecanismos de controlados de qualidade consistentes”, enfatizou. BP/MS