Lobito - Indivíduos desconhecidos estão a danificar algumas campas no cemitério da Catumbela, província de Benguela, com vista a retirar ferro para pesar e vender a sucateiros, soube a ANGOP, esta quinta-feira.
Segundo o seu responsável, José Januário, as campas visadas são as construídas com varões de aço de 10 milímetros e mosaico.
"Eles vandalizam as campas na calada da noite, por não haver segurança", explicou. Disse que algumas campas de mármore, também não são poupadas.
"Normalmente partem as lápides por causa da retirada do aro da fotografia, feita em bronze, prata ou latão", esclareceu.
José Januário apontou ainda outros tipos de falta de respeito ao "campo santo", tais como pessoas que pisam nas campas, sentam-se por cima delas, a conversar e a beber cerveja, bem como jovens que circulam de motorizada nos arruamentos do cemitério, mesmo com os funerais a decorrerem.
"As pessoas não estão seguras. Desconfiam sempre que mais dia, menos dia, algum meliante pode partir a campa do seu ente querido", comentou.
De acordo com o responsável, no Dia dos Finados (2 de Novembro), no próximo sábado, muita gente que não vem regularmente ao cemitério poderá se surpreender com o estado das campas dos seus ente queridos e não só, devido aos danos e muitas delas pisoteadas.
Para prevenir estas situações, José Januário deu a responsabilidade aos jovens que lavam as campas de denunciarem esses comportamentos, sob pena de serem indiciados e penalizados.
"Depois da conversa que tivemos com os jovens, a situação está mais calma. Por outro lado, o Comando Municipal da Polícia da Catumbela tem estado a ajudar, fazendo rondas e por vezes vigiando à paisana", afirmou.
Questionado sobre a manutenção do cemitério, disse que a Administração local tem feito o possível.
Informou que foi levantado o muro da parte trazeira, que facilitava a entrada dos melientes.
O cemitério "velho" da Catumbela foi construido em 1889, num espaço de sete hectares. TC/CRB