Mbanza Kongo – Os habitantes da localidade de Kinzau, a 15 quilómetros a norte da cidade de Mbanza Kongo, província do Zaire, continuam a desrespeitar as medidas de biossegurança, com realce para o não uso de máscaras faciais.
A aldeia do Kinzau, situada na estrada de acesso à comuna fronteiriça do Luvo, notificou, em Novembro de 2020, 13 casos positivos da Covid-19, na Enfermaria das Forças Armadas Angolanas (FAA) existente na localidade.
Moradores ouvidos esta sexta-feira pela ANGOP, na localidade, contaram que só fazem o uso de máscaras quando se deslocam à cidade de Mbanza Kongo para não serem interpelados pelas forças da ordem e segurança.
O ancião José Nlandu, de 82 anos de idade, afirmou que, mesmo com o apelo das autoridades, a população do Kinzau sempre ignorou o uso de máscaras, evocando a inexistência da doença na aldeia.
“Eles dizem que a doença só existe nos centros urbanos. Aqui na aldeia não tem nada”, salientou.
Para o jovem Pedro Simão, em Kinzau, a maioria da população não faz o uso deste material de prevenção contra a Covid-19 por não haver circulação do vírus Sars-Cov-2 na localidade.
“Só usamos máscaras quando queremos ir ao Luvo ou à cidade de Mbanza Kongo, onde existem polícias para não sermos multados”, explicou.
Por sua vez, a anciã Isabel Ndona, de 78 de idade, muitos aldeões não usam máscaras por dificuldades financeiras.
Pediu as autoridades para gizarem um plano de distribuição de máscaras para as populações mais vulneráveis residentes nas aldeias.
“Nem todos nós temos capacidade financeira para comprar máscaras. O nosso governo devia distribuir máscaras para os desfavorecidos, principalmente para os idosos”, expressou.
A localidade do Kinzau tem uma população estimada em cerca de 100 habitantes, que se dedica à pesca e agricultura de subsistência.