Lubango – O médico urologista, Domingos Sacato, afecto ao Hospital Central do Lubango, na Huíla, afirmou que a maior parte dos homens com mais de 40 anos de idade “foge” às consultas de rastreio do cancro da próstata, devido ao receio do toque rectal, um estigma que está a levar à morte muitos deles.
Em entrevista à ANGOP, no quadro do “Novembro Azul”, mês dedicado à prevenção da doença, disse ser importante que esse grupo valorize à sua saúde, promovendo a prevenção do câncer da próstata e incentivando uma visão mais ampla sobre o auto-cuidado.
“Temos que estar atentos aos sintomas, fazer uma consulta uma vez por ano, mas infelizmente existe um tabu sobre o toque com rectal e faz muitos homens não recorrem à consulta, pois pensam que a masculinidade vai baixar, quando o exame só previne males priores”, aludiu.
O especialista destacou a importância do diagnóstico precoce e a necessidade de observarem-se os hábitos saudáveis e visitas regulares ao médico, que são “cruciais” para aumentar a qualidade e a expectativa de vida masculina.
Segundo o médico, todo cuidado é necessário, com ou sem histórico de antecedentes na família, pelo que o exames são a única maneira de detectar precocemente a doença, cujos sintomas são a perda brusca de peso, obstrução do trato urinário e diminuição do jacto da urina.
Segundo a fonte, na campanha passada registou-se 800 pacientes e comparando aos outros anos, a tendência é de aumentar, mas ainda não é o desejado, todavia há já alguma maior consciência do que a saúde masculina diz respeito, especificamente, no sobre a próstata, pois há mais divulgação principalmente através dos meios de comunicação social.
Dos pacientes atendidos, mais de 100 foram detectados com suspeita clínica de cancro da proposta, mas a maior parte não regressou para ser acompanhado, visto que têm indicação para fazer o exame da biópsia da próstata.
Domingos Sacato sublinhou que os pacientes em causa manifestaram o interesse em saber que o seu estado e depois não deram sequência, desconhecendo-se o paradeiro de alguns, outros por viverem em outros municípios e províncias, alegam dificuldades em deslocar-se para a unidade e realizar tal exame.
O “Novembro Azul”, segundo o especialista, é uma actividade que se tornou rotina desde 2021, com particular ênfase no mês dedicado ao diagnóstico precoce.
Referiu que para esta campanha, as consultas vão ser realizadas duas vezes por semana (segunda e sexta-feira), das oito às 12 horas na sala 11 da unidade sanitária. BP/MS