Ondjiva- A governadora da província do Cunene, Gerdina Didalelwa, manifestou, esta quarta-feira, em Ondjiva, a necessidade de se firmar um protocolo de cooperação, em prol da assistência médica especializada de profissionais namibianos no novo Hospital Geral do Cunene ”Simione Mucune”.
A governante admitiu o caso ao falar num encontro depois da visita de uma delegação namibiana à uma das maiores unidades hospitalares de referência inaugurada em Agosto último, em Ondjiva.
Enfatizou a carência de “muitos técnicos especialistas” na aludida unidade hospitalar, daí estarem a trabalhar com o Ministério da Saúde da Namíbia para captar técnicos desse país.
Referiu que o Hospital “Simione Mucune” está totalmente equipado com tecnologia de ponta, mas especialistas são necessários para que os serviços sejam funcionais.
Nesta senda, reafirmou estarem a trabalhar na proposta de germinação, onde os técnicos devem ter domínio como está constituído o sistema de saúde de Angola, para melhor traçar estratégias.
Por seu turno, o director-geral do Hospital Simione Mucune, Hamilton Tavares, fundamentou a importância da colaboração entre os dois países, de modo a melhorar os indicadores de saúde da população.
O responsável fez saber que a unidade carece de especialistas das áreas de oftalmologia, optometria, neurocirurgia, cardiologia clínica, urologia, neurologia, gastronutrologia.
“São serviços de alta complexidade, que para além da tecnologia instalada é fundamental a disponibilidade de recursos humanos treinados e esperamos que o Governo da Namíbia faculte estes profissionais”, sustentou.
Sem precisar dados, sublinhou que com a entrada em funcionamento da unidade hospitalar, a transferência de pacientes diminuiu satisfatoriamente, manifestando o desejo de que cidadãos namibianos recorram à unidade para sua assistência dentro do sentido de complementaridade.
Já a governadora do Conselho Regional do Khomas, República da Namíbia, Laura McLeod-Katjirua, manifestou a disponibilidade do seu país em cooperar com o Governo angolano em prol da assistência médica ao “povo irmão” e do fortalecimento da vigilância sanitária.
Evocou que com a reforma implementada pelo seu Governo, actualmente os serviços de saúde públicos são gratuitos, oferecendo medicamentos com custo de seis dólares namibianos e uma cobertura de saúde familiar 100 por cento.
Precisou que esta acção, resulta da reforma onde o compromisso da saúde é fundamental sobre os direitos humanos como meio de sistema integrado para firmar uma única unidade com foco principal na saúde primária.
Nestas acções, sustentou, a região de khomas tomou a dianteira através do seu desenvolvimento expandir a rede de saúde e com um orçamento acima de 5.7 milhões de dólares namibianos, equivalente a 460 milhões de kwanzas.
De realçar que os dois países têm, desde 1997, protocolos no domínio da saúde, com o atendimento de angolanos nas unidades sanitárias do norte Namíbia, assim como na prevenção e vigilância epidemiológica de doenças como VIH/Sida, malária e tuberculose ao longo das comunidades transfronteiriça. FI/LHE/SEC