Cunene - Trinta e oito processos relacionados com diversos crimes envolvendo gestores públicos estão sob investigação da Procuradoria-Geral da República (PGR) na província do Cunene.
O subprocurador-geral da República titular do Cunene, Américo Cassoma, disse hoje à ANGOP que os crimes são de peculato, corrupção, branqueamento de capitais, associação, tráfico de influência, impunidade e conexos.
O magistrado do Ministério Público explicou que a maioria dos processos, já em fase de instrução preparatória, está ligada a actos praticados nos anos de 2019 e 2021.
Afirmou que a PGR está atenta aos gestores que usam fundos públicos em benefício próprio e que se furtam a prestar contas, garantindo estarem criados mecanismos para investigar esses casos.
Encorajou a participação dos cidadãos nas denúncias de crimes, sobretudo de corrupção, mas reprovou algumas por ser caluniosas, cujo objectivo é atingir pessoas.
“Nestes casos, temos estado a aconselhar os visados a responsabilizar aqueles que levantam factos que visem apenas manchar a boa imagem das pessoas, tendo em conta que ofendem a honra e a dignidade", frisou.
Sobre outros processos-crime
Por outro lado, o magistrado salientou que a PGR possui sete 824 processos-crime na fase de instrução, sendo que três mil 405 deram entrada este ano.
Foram encaminhados ao tribunal mil 188 processos-crime, dos quais 684 estão em julgamento.
A Procuradoria-geral da República na província do Cunene funciona com 15 magistrados, número que, segundo Américo Cassoma, não satisfaz a demanda, nem permite a expansão dos serviços a todos os municípios.