Luanda - A Estratégia Nacional para as Alterações Climáticas (ENAC) 2022-2035 vai ser apresentada, pelo Executivo, na 28ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a matéria, a decorrer no Dubai, Emirados Árabes Unidos (EAU), de 30 a 12 deste mês, anunciou, esta terça-feira, em Luanda, a ministra do Ambiente, Ana Paula de Carvalho.
A informação foi avançada à margem da primeira Sessão ordinária da Comissão Nacional para as Alterações Climáticas e Biodiversidade, presidida pela Vice-Presidente da República, Esperança da Costa, no quadro da participação de Angola na COP 28.
Segundo a também porta-voz do evento, durante a reunião foram apresentados, cinco pontos, entre prioridades e desafios do Executivo, cujo plano inclui vários departamentos ministeriais, com vista a diminuir o percentual dos gases de efeito estufa no país.
Disse que foram igualmente analisadas questões relacionadas com o Estado de Implementação da Acção Climática em Angola, com destaque para a Contribuição Nacional Determinada (sigla inglesa -NDC), a Actualização da Estratégia Nacional da Biodiversidade, o ponto de situação sobre Biodiversidade, Alterações Climáticas e Desertificação, a Descarbonização da Electro-Mobilidade, bem como a Redução dos Veículos Poluentes e do Estudo de Redução de Emissão de Metano na Produção Petrolífera.
Ana Paula de Carvalho definiu a COP 28 como uma edição especial, pois, além da exposição com um pavilhão, Angola vai contar com uma sala de audiências para encontros bilaterais e outros.
"Teremos uma stand com televisões para a exibição de mensagens positivas sobre o nosso país", destacou, expectante de que o país tenha uma participação condigna.
Para a implementação da Estratégia Nacional para as Alterações Climáticas (ENAC) 2022-2035, de acordo com a governante, estão, entre outros, os ministérios da Energia e Águas, com a transição energética, apostando cada vez mais nas energias limpas, como a hídrica e a solar, dos Transportes, que podem contribuir com a descarbonização.
De acordo com a governante, "muita coisa está a ser feita em termos de transição energética no país, com grandes avanços, quer dos ministérios da Energia e Águas e dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, que contribuem para diminuição do dióxido de carbono ou dos gases com efeito estufa.
Para além destas acções, Ana Paula de Carvalho apontou que existem outras, nomeadamente, a plantação dos mangais, que está a ser financiada pela Sonangol, a questão do hidrogénio verde e da gestão dos resíduos.
Ressaltou que na COP 28, onde Angola será representada ao mais alto nível, espera dos países mais desenvolvido o cumprimento das orientações passada na COP 27 de pagarem aos menos desenvolvidos ou industrializados para a redução das alterações climáticas.
Transportes
Por outro lado, o ministro dos Transportes, Ricardo de Abreu, frisou que durante o encontro passaram em revista duas questões sobre a descarbonização e Eletromoblidade, criação de estratégias para a regulação a nível de benefícios fiscais e aumento de postos de carregamento de veículos eléctricos.
A primeira Sessão ordinária da Comissão Nacional para as Alterações Climáticas e Biodiversidade serviu, também, para discutir os aspectos logísticos, sobretudo, o registo dos delegados e aquisição do visto da COP, acomodação, transporte local e datas de partida.
Na COP 28 está prevista a presença de aproximadamente 200 líderes mundiais, 30 mil delegados e 70 mil participantes, entre membros da sociedade civil, academia, empresas e outros, ao passo que a delegação angolana multissectorial contará com os sectores público e privado. FMA/VIC