Mbanza Kongo – O antigo administrador municipal do Nzeto e recém-secretário do Governo Provincial do Zaire, Jeremias Timóteo, foi detido quinta-feira, em Mbanza Kongo, pelo Serviço de Investigação Criminal (SIC), sob acusação de crime de peculato na forma continuada.
Acusado de subtrair 62 milhões e 875 mil kwanzas do erário, pesam também sobre o ex-responsável suspeitas de participação económica em negócios, associação criminosa e branqueamento de capitais.
Os factos ocorreram entre 2016 e 2020, período em que exerceu o cargo de administrador municipal do Nzeto, de acordo com o chefe do departamento de comunicação institucional e imprensa do SIC, José Bernardo.
Em declarações à imprensa, no acto de apresentação, o oficial do SIC disse que Jeremias Timóteo, de 54 anos de idade, havia criado empresas “fantasmas” onde alocava valores sob pretexto de fornecimento de bens e serviços às instituições públicas locais.
No mesmo processo está também arrolado o chefe de departamento do patrimóio do Governo Provincial, Manuel Kiabanza da Silva, de 35 anos de idade, que, igualmente, foi detido e aprestando à imprensa.
SIC devolve sete residências ao Governo Provincial
Ainda hoje, o SIC junto do Ministério Público devolveu ao Governo Provincial, como fiel depositário, sete residências que tinham sido apropriadas indevidamente por ex-funcionários do gabinete de infra-estruturas.
Trata-se de casas de tipo T3, construídas entre 2012 e 2014 e que se destinavam para o realojamento de famílias que haviam sido retiradas de locais alvos de requalificação urbana da cidade de Mbanza Kongo.
De acordo com o segundo comandante provincial do Zaire do SIC, Serafim Coelho, os imóveis fazem parte do projecto denominado “100 casas” e do condomínio Genine, localizados no bairro 11 de Novembro, zona da Bela Vista e Quilemos, periferia da cidade de Mbanza Kongo.
Afirmou que os arguidos, que continuam em liberdade, incorrem em crimes de burla por defraudação.
Na ocasião, o chefe do departamento de Inspecção, Auditoria e Combate à Corrupção da Inspecção Geral da Administração do Estado (IGAE), Miguel Lema Tuzunguidi, aconselhou os ex-gestores públicos que ainda detêm bens do Estado a devolvê-los.DA/PMV/JL