Díli - O Presidente da República eleito de Timor-Leste e Nobel da Paz, José Ramos-Horta, afirmou hoje (sexta -feira) que fornecer armamento à Ucrânia "não é a garantia da paz" para resolver o conflito com a Rússia, defendendo a diplomacia.
"Armar Taiwan até aos dentes, assim como armar a Ucrânia até aos dentes não é a garantia absoluta da paz, a melhor garantia da paz é a diplomacia", afirmou Ramos-Horta numa intervenção em directo a partir de Díli para o encontro II Mafra Dialogues, que decorre em Mafra, no distrito de Lisboa.
O Prémio Nobel da Paz de 1996 deu os exemplos dos conflitos no Iémen, na Líbia e no Iraque para sustentar que o envio de armas para estes países "não resolve o conflito", mostrando-se apologista da "prevenção de conflitos", o que disse que tem feito "ao longo dos anos" no seu país.
O recém-eleito Presidente da República de Timor-leste defendeu que a Rússia devia ter insistido" mais e mais no diálogo", mas também a Europa e os EUA deviam insistir mais na "aproximação a Moscovo, independentemente do regime político na Rússia".